Lindo, mas natimorto: a triste história do novo Nokia N9
Quando a Nokia anunciou que iria adotar o sistema Windows Phone, da Microsoft, fui um dos que apoiaram a decisão – pois ela daria à empresa, presa a sistemas operacionais antigos (Symbian) ou extremamente atrasados/vaporware (MeeGo), acesso a um software moderno. Uma chance de renascer no mercado de smartphones. Mas agora, 4 meses depois, o […]
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Quando a Nokia anunciou que iria adotar o sistema Windows Phone, da Microsoft, fui um dos que apoiaram a decisão – pois ela daria à empresa, presa a sistemas operacionais antigos (Symbian) ou extremamente atrasados/vaporware (MeeGo), acesso a um software moderno. Uma chance de renascer no mercado de smartphones. Mas agora, 4 meses depois, o que faz a Nokia? Aparece com o novo N9: um celular sensacional – e com o sistema MeeGo!
Tela OLED de 3,9 polegadas com revestimento Gorilla Glass (inquebrável). Chip de 1 GHz, 64 GB de memória, câmera de 8 megapixels que filma em 720p. Tecnologia Near Field Contact. Design muito bonito. Mas o destaque é o MeeGo, que tem várias sacadas inteligentes e totais condições de enfrentar Android e iOS (repare no sistema de multitarefa, espetacular).
O N9 é real, está pronto e com lançamento marcado para o segundo semestre. Mas está morto. O MeeGo nasceu morto – pois a Nokia vai cortar drasticamente seu desenvolvimento para focar no Windows Phone. Talvez ela até lance mais 1 ou 2 celulares com o sistema, mas só para não perder trabalho que já foi feito. O sistema é de código aberto, coisa e tal, mas isso também não parece suficiente para salvá-lo. Precisaria ter uma empresa sustentando.
Caramba, Nokia. Se você tinha uma coisa assim nas mãos, porque desistiu e se jogou nos braços da Microsoft? O N9 é um testamento do que o MeeGo poderia ter sido, mas nunca será. Uma tragédia tecnológica. Se me dão licença, vou ali no canto chorar um pouquinho. Snif.