1. Os opostos se atraem?
Do ponto de vista da biologia evolutiva, sim. Os vertebrados têm um grupo de genes chamado Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH), responsável pelo sistema imunológico. Um estudo realizado na Universidade do México indicou que o CPH influencia os odores corporais e que homens e, principalmente, as mulheres são atraídos por complexos diferentes dos seus. Isso evitaria a reprodução entre pessoas da mesma família e garantiria maior variedade genética, tornando os filhos mais resistentes a doenças. Quanto maior a variação de CPH, mais chance ele tem de reconhecer invasores. Mas ninguém vai ficar com um mala só por causa disso, claro.
2. Elas preferem os cafajestes?
Sim, principalmente na época da ovulação. Uma pesquisa da Universidade do Texas concluiu que nessa fase elas identificam o bonitão, fortão e pegador como bom pai e marido, capaz de produzir filhos saudáveis, cozinhar e lavar a louça. É como se os hormônios tirassem de jogo qualquer vestígio de razão e fizesse prevalecer o instinto. Fora do período fértil, os outros podem ter alguma chance.
3. Como o cérebro processa a atração sexual?
Começa do mesmo jeito que acontece quando você vê um prato de lasanha.
1. O primeiro approach é no córtex porque tudo é desencadeado com o estímulo da visão, do olfato, da audição.
2. A atividade do córtex pré-frontal também é intensa, já que existem decisões racionais a serem tomadas: se o outro agrada, se parece ser boa gente, se é uma lasanha.
3. Quando o conjunto é agradável para você, entra em ação o sistema límbico, estruturas cerebrais na região do hipotálamo e do hipocampo, nas áreas temporais. O hipotálamo e o hipocampo, modulados por neurotransmissores, são responsáveis pelas sensações agradáveis.
4. Humanos liberam feromônios para atrair parceiros?
Sim. Liberamos algumas substâncias químicas pela transpiração que permitem o reconhecimento sexual mútuo. Teoricamente, no período da ovulação, as mulheres conseguem identificar pelo odor um cara viril. E o cheiro delas seria mais forte nessa fase, para também atrair um parceiro. Mas, na prática, nossa capacidade olfativa não é tão capaz de reconhecer essas sutilezas como faziam muito bem nossos ancestrais.