Especial Namorados: Revista em casa por 9,90

Anvisa altera regra de aprovação de vacinas; mudança abre espaço para Sputnik V, Moderna e Covaxin

A agência agora aceitará os resultados de estudos fase 3 realizados fora do Brasil - o que facilitará a aprovação emergencial no país de várias vacinas contra o Sars-CoV-2 .

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 3 fev 2021, 18h36 - Publicado em 3 fev 2021, 16h55

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mudou as exigências para conceder aprovação de uso emergencial para vacinas durante a pandemia. Agora, não será pré-requisito que os testes de fase 3 do imunizante ocorram necessariamente no Brasil – estudos feitos em outros países passarão a valer também, o que facilitará a possível aprovação de vacinas como a Sputnik V. A informação foi divulgada inicialmente pela CNN Brasil e anunciada oficialmente pela agência em coletiva de imprensa no fim dessa quarta-feira (03).

A fase 3 de testes de um imunizante é a última e mais importante etapa para verificar a sua eficácia e segurança; ela envolve milhares de voluntários que são separados em dois grupos, aqueles que vão receber a vacina e os que receberão um placebo. A decisão da Anvisa não significa que essa etapa será ignorada. A novidade é que, anteriormente, exigia-se que esses estudos tivessem pelo menos começado no Brasil (total ou parcialmente), incluindo voluntários brasileiros.

Agora, estudos de fase 3 feitos exclusivamente no exterior também passam a valer, desde que atenda requisitos exigidos pela Anvisa (como seguir critérios científicos internacionais e nacionais e garantir a transparência total dos dados). A redação das novas diretrizes deixa claro que, preferencialmente, as vacinas devem ter estudos no Brasil, mas não necessariamente.

A decisão vem após uma ampla discussão sobre a necessidade da regra anterior, principalmente em meio à urgência imposta pela pandemia. A protagonista desse debate foi a Sputnik V, vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa, na Rússia, que anunciou ontem na revista The Lancet que seu imunizante tem 91,6% de eficácia. Por aqui, o laboratório privado União Química já firmou acordos com o instituto russo para importar doses e também produzir a vacina em solo nacional – mas enfrentava um grande obstáculo: apesar dos bons resultados, os testes não incluíram hospitais e voluntários brasileiros. A mudança de entendimento da Anvisa pode facilitar uma eventual aprovação da vacina no Brasil.

Especialistas já vinham criticando a regra há algum tempo devido à limitação que ela geraria entre as opções para a vacinação da população. Entre os imunizantes em etapas mais avançadas de testes e aprovação pelo mundo, só quatro tiveram testes feitos no Brasil: a Coronavac, da empresa chinesa Sinovac; a vacina da parceria entre a Universidade de Oxford e a britânica AstraZeneca; o imunizante da Pfizer/BioNTech; e o produzido pela Johnson & Johnson. Dessas, as duas primeiras já conseguiram aprovação para uso emergencial no país.

Continua após a publicidade

Com a mudança da exigência, outras candidatas entram na jogada além da Sputnik V. A Covaxin, produzida pela empresa indiana Bharat Biotech, é uma delas, além dos imunizantes produzidos pelas empresas americanas Moderna e Novavax, que também já apresentaram estudos de fase 3 em testes no exterior. Todas elas, porém, ainda precisariam passar pelo processo de aprovação normal da Anvisa, apresentando todos os documentos que comprovem sua eficácia e segurança.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ESPECIAL NAMORADOS

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
A partir de 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.