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Banho quente seria mais eficaz contra depressão do que exercícios físicos

De acordo com uma pesquisa, passar um bom tempo imerso em água quente aliviaria os sintomas da doença (além de deixar você bem mais cheiroso)

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 23 out 2018, 19h01 - Publicado em 23 out 2018, 19h00
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  • Pesquisadores da Universidade de Friburgo, na Alemanha, parecem ter encontrado uma nova forma de combater a depressão. A notícia é boa para quem tem a doença – e uma banheira. De acordo com o estudo, publicado nesta semana no repositório online bioRxivtomar banhos quentes (dentro de uma banheira, não no chuveiro) pode diminuir os sintomas da tristeza profunda. A prática, inclusive, poderia ser duas vezes mais eficaz do que fazer exercícios físicos, recomendação comum para o tratamento da doença por conta da liberação de endorfina, hormônio que melhora o humor.

    A investigação envolveu 45 participantes com depressão de moderada a grave. A escala usada para medir o nível da doença foi a Escala de Hamilton (HAM-D), que vai de 1 a 50. Eles podiam escolher entre dois tratamentos: exercitar-se por 45 minutos, duas vezes por semana, ou tomar um bom banho a 40ºC por 30 minutos na mesma frequência. Quem optasse pelo tratamento relax deveria, ainda, permanecer por mais 20 minutos debaixo de um cobertor e com bolsas térmicas por perto.

    Após oito semanas, os voluntários foram submetidos a uma nova avaliação e, enquanto aqueles que se exercitaram apresentaram menos três pontos na escala, a taxa de queda entre os que se banharam e depois se mantiveram quentinhos chegou a seis.

    De acordo com os cientistas, elevar a temperatura corporal pode corrigir os ciclos circadianos (o famoso relógio biológico) de uma pessoa, ajudando na regulação interna do organismo como um todo, inclusive de hormônios ligados à depressão. Em 2017, um trabalho da Universidade de Madison-Wisconsin, nos EUA, também relacionou um corpo mais quente a uma queda na escala de Hamilton.

    No entanto, é cedo para comprovar todos os resultados da pesquisa alemã, pois ela ainda precisa passar pela revisão por pares – metodologia empregada para checar e comprovar um artigo científico. Vale dizer também que 13 dos 23 participantes que fizeram exercícios não chegaram a concluir o estudo por não quererem mais fazer atividade física.

    De qualquer forma, isso mostra que sua mãe sempre esteve certa: nunca é demais praticar exercícios e tomar um bom banho.

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