Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Cientista brasileiro cria galinha com perna de dinossauro

Pesquisador alterou o desenvolvimento molecular de um embrião de ave e fez com que ela apresentasse uma característica dos seus ancestrais pré-históricos.

Por Denis Russo Burgierman
Atualizado em 11 mar 2024, 09h35 - Publicado em 9 mar 2016, 14h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Se você já comeu uma coxinha de frango, deve ter notado que a parte de baixo da pata das aves é formado por dois ossos: um mais grosso e longo (a tíbia) e outro bem mais fino e um pouco mais curto (a fíbula). É justamente o comprimento desse osso fino que demarca uma das principais diferenças anatômicas entre as aves e seus ancestrais monstruosos, os dinossauros. Os repteizões tinham tíbias e fíbulas do mesmo tamanho – a fíbula mais curta é uma inovação genética que permitiu às aves gerar mais impulso, o que ajuda a entender por que elas voam tão bem. Pois então: um time de pesquisadores da Universidade do Chile liderado pelo brasileiro João Francisco Botelho conseguiu interferir no desenvolvimento do embrião de uma galinha para fazer com que o pintinho nascesse com uma perna típica de um dinossauro.

    LEIA: O pio do dinossauro.

    O que eles fizeram em laboratório foi inibir quimicamente a ação de um gene cuja função é interromper o crescimento do osso. Esse gene é um dos tantos que a evolução criou ao longo do processo que deu origem às aves. Essa é a segunda vez que Botelho conseguiu trazer de volta ao mundo traços típicos dos finados dinossauros: ano passado ele fez uma ave nascer sem o polegar opositor torcido, como seus reptilianos tataravós.

    LEIA: Cientistas vão perfurar o poço da explosão que dizimou os dinossauros.

    Continua após a publicidade

    O objetivo dos cientistas não é reverter a evolução e transformar pássaros em monstros pré-históricos, para povoar algum Jurassic Park por aí. O que eles querem é aumentar a compreensão científica tanto do desenvolvimento dos embriões de aves quanto da transição entre os dinossauros e os pássaros. Mas é claro que pesquisas desse tipo abrem possibilidades alucinantes. Se chegar o dia em que os cientistas compreendam profundamente quais genes distinguiram os dinos das aves, seria teoricamente possível desligar todos eles, para que um dinossauro voltasse a nascer no mundo, 66 milhões de anos depois.

    Quem iria gostar é minha filha de 2 anos, que vive me pedindo para levá-la ao zoológico para ver os tiranossauros.

    LEIA TAMBÉM: O pavãossauro.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.