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Cientistas criam “couro” feito de fungos que pode se reparar sozinho

Ele é composto por micélios, que se regeneram sob determinadas condições; tecido ainda é muito fraco e instável para ser utilizado em roupas.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 24 abr 2023, 18h05 - Publicado em 24 abr 2023, 18h03
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  • Pesquisadores publicaram, na revista Advanced Functional Materials, um estudo detalhando uma nova forma de obter um tecido já conhecido. A equipe criou um couro auto-recuperável a partir de micélios de fungos que conseguia se consertar sozinho.

    O micélio é um grande emaranhado de fiozinhos que representa a maior parte da estrutura de um fungo. Aquele chapéu que você geralmente associa aos cogumelos não é nada comparado ao micélio, que fica escondido no substrato em que o fungo se instala; seja um pedaço de pão, o próprio solo ou uma formiga.

    Couro feito a partir de micélio não é exatamente uma novidade, mas sua produção até agora era feita de modo a impedir o crescimento do fungo. A hipótese dos pesquisadores era justamente essa: eles especularam que, mudando as condições de fabricação, o micélio poderia manter sua capacidade de crescimento, e se “consertar” novamente se danificado.

    Para produzir seu couro fúngico, os pesquisadores cultivaram o micélio em uma sopa rica em proteínas, carboidratos e outros nutrientes. Depois que o fungo cresceu na superfície do líquido, os cientistas o retiraram, limparam e secaram para produzir uma espécie de couro fino e frágil. Em seguida, submeteram esse micélio a temperaturas e produtos químicos suaves o suficiente para formar o couro, mas manter partes essenciais do fungo vivas. 

    Os pesquisadores fizeram furos no couro e, em seguida, mergulharam na mesma sopa que foi usada para cultivá-lo. Isso despertou as partes responsáveis pelo crescimento, e permitiu que o micélio voltasse a crescer e tampasse os buracos.

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    Uma vez consertadas, as áreas com os furos eram tão fortes quanto as áreas ilesas; contudo, assim como com uma costura, os remendos eram visíveis de um lado do couro.

    Segundo os pesquisadores, a técnica poderia sair do laboratório e chegar às lojas de roupas na próxima década. Porém, para que isso aconteça a equipe ainda precisa deixar o couro mais forte e resistente, além de determinar como controlar seu crescimento. Não seria nada agradável, por exemplo, sair na chuva e descobrir que sua jaqueta está crescendo ou produzindo cogumelos.

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