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Cientistas vão testar cães para habilidade de detectar Covid-19 pelo olfato

Cachorrinhos já conseguem detectar doenças como malária. Se der certo, eles podem ser uma nova arma contra a pandemia.

Por Bruno Carbinatto
20 abr 2020, 20h08 •
  • No meio da pandemia de Covid-19, os cachorrinhos podem ter uma outra função importantíssima para além de alegrar nossas quarentenas: talvez eles possam detectar quem está infectado pelo vírus. Em parceria com a instituição Medical Detection Dogs, cientistas da Universidade de Durham e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, estão testando cachorros especialmente treinados para verificar se eles têm a habilidade de detectar a doença pelo odor do paciente.

    A ideia, por si só, não é nova. Nos últimos anos, cachorros já vem sendo treinados para detectar doenças como câncer, malária e Parkinson com resultados promissores. Isso porque os cães são conhecidos por terem um olfato apurado e algumas doenças deixam marcas distintas no odor de amostras de pacientes, que podem ser detectados pelos cachorros depois de treinamentos específicos.

    Ainda não há nenhum estudo que comprove que a Covid-19 funcione do mesmo jeito – os testes estão sendo feitos para verificar essa possibilidade. Segundo a equipe, sabe-se que outras doenças respiratórias deixam rastros na respiração e na saliva dos pacientes, então é possível que o novo coronavírus seja detectável do mesmo jeito. Nos testes iniciais, que devem durar pelo menos seis semanas, os cachorros terão contato com máscaras faciais usadas por pacientes com Covid-19 para verificar se há algum odor característico da doença, segundo relatou o jornal britânico Daily Mirror.

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    Se der certo, a equipe pretende treinar seis cachorros pré-selecionados para serem os primeiros detectores de Covid-19. A ideia é que esses cachorros forneçam um método de testagem rápido, barato e não-invasivo para a doença – a equipe calcula que até 250 pessoas por hora. O uso de testes em massa é uma estratégia que tem se mostrado bastante eficiente em países como Alemanha, Islândia e Taiwan, mas é difícil de ser replicada, já que o mundo todo está com alta demanda por esses testes e países mais pobres não tem como disponibilizá-los em massa. Neste caso, os cachorros poderiam fornecer uma alternativa.

    Mesmo assim, é bastante improvável que eles sejam pouco mais do que uma ajuda na testagem. Isso porque, em outras doenças, a taxa de acerto tem sido alta, principalmente no caso da malária, mas geralmente são menos confiáveis do que testes laboratoriais.  Além disso, é necessário um longo período de treinamento antes que um animalzinho possa ser utilizado como um método de teste, então dificilmente essa será uma estratégia usada amplamente durante a pandemia. Isso tudo se os testes indicarem essa possibilidade – nem sabemos ainda se dará certo.

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    A equipe sugere, porém, que o uso dos cãezinhos possa ter funções pontuais, como testar pessoas assintomáticas em busca do vírus. Se o cachorro indicar que aquela pessoa pode ter a doença, então ela seria testada pelos métodos tradicionais. 

    Outra função seria para o futuro, depois da pandemia. “Se a pesquisa for bem-sucedida, poderíamos usar cães de detecção em aeroportos para identificar rapidamente as pessoas portadoras do vírus”, sugere Steve Lindsay, professor da Universidade de Durham, em comunicado. “Isso ajudaria a evitar o ressurgimento da doença depois de controlarmos a atual pandemia.”

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