Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Confiar no médico faz injeção doer menos

Estudo feito por universidades americanas revela que confiança ajuda na hora da picada; para cientistas, explicação pode estar em efeito placebo

Por Ana Luísa Moraes, de Saúde.com
18 Maio 2017, 15h41

Inspirada por trabalhos que apontam que pacientes se sentem mais satisfeitos quando são atendidos por médicos da mesma etnia, a neurocientista Elizabeth Losin decidiu pesquisar se a sensação de identificação traz repercussões mais diretas para a saúde. Em conjunto com outros cientistas das universidades de Miami e do Colorado, ambas nos Estados Unidos, ela avaliou como a dinâmica nos consultórios pode influenciar o nível de dor.

“Os incômodos têm também um componente mental. E é nessa interação entre os aspectos psicológicos e fisiológicos que nós estamos interessados”, diz Losin em um comunicado. O experimento começou com questionários sobre política, religião, papéis de gênero e outros temas. Os participantes eram separados em duas equipes com base nas respostas, mas não sabiam com detalhes qual o critério utilizado para a divisão — no caso, por afinidade de temas. Segundo os estudiosos, isso foi feito de propósito para gerar um sentimento de reconhecimento, ainda que abstrato, entre os integrantes de cada grupo.

Os indivíduos então foram instruídos a participar de uma simulação, que incluía um procedimento que provocava desconforto similar ao de uma injeção. Para cada integrante, foi designado papel de médico ou de paciente, sendo que esses últimos interagiam com as duas equipes. “Nós previmos que os pacientes relatariam sentir menos dor quando estivessem com um médico de seu próprio grupo do que com um do outro. Também esperávamos o mesmo resultado caso confiassem mais no médico e se sentissem parecidos com ele”, afirma Losin.

E foi exatamente isso o que aconteceu. Qual o motivo? Os especialistas acreditam que o profissional de saúde pode atuar como um placebo. Esse efeito é explicado pelo poder do cérebro, que libera substâncias analgésicas quando acredita que algo ou alguém vai ajudar a aliviar determinado problema. “A nossa hipótese, com base no que estamos vendo, é que confiar e se sentir próximo do atendente que está realizando o procedimento doloroso cria um impacto que ameniza o incômodo”, esclarece a neurocientista.

Claro que, no dia a dia, nem sempre é fácil escolher a dedo a pessoa com quem vamos nos consultar. O ponto principal da pesquisa é criar e testar novos métodos que possam ser utilizados pelos médicos para acalmar e deixar os pacientes mais confortáveis.

Conteúdo originalmente publicado em Saúde.com

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.