Quando um vírus invade o corpo, a reação inicial do sistema imune é se apressar para neutralizar a ameaça. Acionando os glóbulos brancos, o organismo destrói o visitante indesejado, matando células infectadas e impedindo que a doença se espalhe.
Dias depois, uma segunda linha de células de defesa, a dos linfócitos B e T, faz outra ronda para eliminar qualquer resquício do invasor.
O problema é que, diferentemente da gripe, que mata as células em dois ou três dias, a Covid-19 tem período de incubação de seis dias e evolução mais lenta.
Para cientistas americanos, isso pode fazer o segundo pelotão “queimar a largada” – e entrar em ação antes de as células infectadas serem eliminadas por completo. Assim, os dois grupos de defesa batem cabeça e o sistema imune entra em parafuso.
Essa reação é o que os cientistas chamam de “tempestade de citosina”. Citosinas são moléculas responsáveis pela comunicação entre as células. Elas ajudam a regular o sistema imunológico, controlando a resposta que o corpo dá a uma determinada infecção.
Uma ideia que se mostrou promissora em testes clínicos a é atrasar um pouco a chegada do segundo grupo de soldados. Como? Com a ajuda de remédios imunossupressores – que, como o nome diz, impedem a atividade imediata do sistema imune do organismo.
Estudos feitos na China com grupos pequenos indicam que, com a medicação, o paciente pode ter uma resposta imune mais organizada, e driblar os sintomas mais severos da doença. Isso diminuiu a mortalidade