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FDA aprova primeiro medicamento feito a partir da microbiota intestinal humana

O Rebyota utiliza bactérias coletadas de fezes humanas. Mas é por um bom motivo: o tratamento previne infecções perigosas. Entenda como funciona.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 14 mar 2024, 11h12 - Publicado em 6 dez 2022, 16h23
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  • A Food and Drug Administration – considerada a “Anvisa” dos Estados Unidos – autorizou na última quarta-feira (30) o primeiro medicamento feito a partir da microbiota intestinal humana, chamado Rebyota. O tratamento parte de fezes doadas por pessoas saudáveis – e a única parte utilizada são os microrganismos presentes ali. Eles ajudam a prevenir infecções causadas pela bactéria ​​Clostridioides difficile.

    Esse micróbio pode causar uma doença chamada colite pseudomembranosa. Ela causa diarréia, inflamação do cólon e, dependendo da gravidade do quadro, pode ser fatal. Segundo a agência americana, a colite pseudomembranosa está associada a entre 15 e 30 mil mortes anualmente nos Estados Unidos.

    Algumas pessoas podem ter quadros recorrentes de colite. A idade avançada e sistema imune comprometido são fatores de risco para o desenvolvimento da infecção. O uso excessivo de antibióticos também pode alterar a microbiota intestinal, fazendo com que o Clostridioides difficile se multiplique e libere toxinas que causam a inflamação.

    É aí que o Rebyota entra. O líquido é administrado via retal em uma única dose. O tratamento reequilibra a microbiota intestinal e previne a proliferação do Clostridioides difficile. É como uma transferência da microbiota de um indivíduo saudável para um que tem tendência a desenvolver colite. Tanto os doadores quanto as amostras de fezes são testados para evitar a presença de agentes infecciosos.

    O medicamento é recomendado para maiores de 18 anos que têm infecções recorrentes, atuando como uma prevenção. Isso é importante devido às cepas resistentes do Clostridioides difficile, que não respondem a antibióticos. A solução, então, é atacar a causa do problema antes que ele se desenvolva – que é a microbiota desequilibrada.

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    O transplante fecal já é um tratamento utilizado para esse fim, mas o Rebyota é o primeiro “produto de microbiota fecal” aprovado pela FDA. Nos ensaios clínicos, uma dose do medicamento reduziu a taxa de surgimento de Clostridioides difficile em 29,4% em comparação ao grupo que tomou o placebo.

    Alguns dos efeitos adversos reportados são dores abdominais, diarreia e náusea. E apesar das fezes serem testadas para a presença de outros patógenos, há uma chance de que elas transmitam agentes infecciosos, assim como alimentos que podem ser alérgicos.

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