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Galáxia zumbi volta à vida após 20 milhões de anos sem atividade

A descoberta desafia a crença dos cientistas de que a formação de estrelas só acontece num período concentrado da história de uma galáxia.

Por Eduardo Lima
23 jul 2024, 12h00
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  • Captura de estrelas de uma galáxia.
     (ESO/M. Kornmesser/Reprodução)

    Por 20 milhões de anos, uma galáxia distante parou de formar novas estrelas. Mas ela não tinha parado definitivamente, só feito uma pausa. Agora, astrônomos observaram a galáxia zumbi voltando à vida com uma explosão de atividade, formando novas estrelas.

    É a primeira vez que cientistas encontram uma galáxia passando por um processo de rejuvenescimento, voltando a produzir novas estrelas depois de uma pausa tão longa. É normal encontrar galáxias com intensa atividade de formação de estrelas e outras que já pararam, mas a novidade, publicada pelos pesquisadores no site arXiv, é uma que mistura as duas coisas.

    A galáxia zumbi foi chamada de A2744-YD4, e observada usando o telescópio espacial James Webb. Muito distante da Terra, ela foi vista como era 650 milhões de anos após o big bang, ou seja, mais de dez bilhões de anos atrás, todo o tempo que a luz demorou para chegar até o telescópio.

    Primeiras galáxias do universo

    A A2744-YD4 foi uma das primeiras galáxias conhecidas a se formar. Sinais de estrelas novas e brilhantes se unem a estrelas apagadas e velhas, algo que nunca foi visto numa mesma galáxia.

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    Foram cem milhões de anos produzindo estrelas sem parar, até que a galáxia A2744-YD4 tirou férias de 20 milhões de anos. Depois disso, a formação de estrelas continuou. Mas por quê?

    Os cientistas têm duas hipóteses para explicar o comportamento da galáxia zumbi. Ela pode ter se juntado a outra galáxia, que providenciaria o combustível necessário para continuar a formação de estrelas em uma galáxia morta. Outra possibilidade é que o gás liberado por supernovas possa ter caído de volta na área da A2744-YD4, trazendo a matéria-prima para formar novas estrelas.

    As estrelas mais novas brilham mais que as anciãs, então ignorar os sinais mais apagados que são dificilmente obtidos pode levar a cálculos errados das massas e das idades das galáxias. Agora, com as imagens obtidas pelo telescópio James Webb, várias galáxias se revelaram maiores e mais antigas do que se imaginava, com estrelas formadas em períodos temporais diferentes.

    Alguns astrônomos já desconfiavam que o entendimento sobre períodos de formação de estrelas mudariam logo, e a única coisa que faltava era um caso como o da galáxia A2744-YD4 para começar mais pesquisas sobre o assunto.

    O processo de formação de novas estrelas parece não ser tão concentrado quanto os astrônomos acreditavam. Se o comportamento de picos de atividade for confirmado em outras galáxias além da A2744-YD4, essas imagens do James Webb terão sua explicação, e vamos entender como se formaram e cresceram as primeiras galáxias do universo.

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