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Javalis absorvem a radiação de Chernobyl – a 1.500 km da usina

30 anos depois do acidente nuclear, nuvem radioativa ainda produz contaminação

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 mar 2017, 16h15

Os habitantes da República Tcheca têm o costume de comer carne de javali – que, por isso, é rotineiramente analisada pelas autoridades sanitárias locais. Mas isso revelou algo inesperado: 47% dos javalis caçados entre 2014 e 2016 continham níveis de radioatividade acima do permitido. O mais surpreendente é como eles adquiriram a radiação. É tudo culpa do acidente nuclear de Chernobyl, ocorrido 30 anos atrás.

Quando o reator 4 de Chernobyl explodiu, em 26 de abril de 1986, jogou césio-137 na atmosfera (ao contrário das usinas modernas, Chernobyl não tinha a chamada contenção, uma estrutura de concreto reforçado que dificulta o vazamento de partículas do reator em caso de explosão). A nuvem radioativa cruzou a Europa, as partículas foram caindo, e parte da radiação foi absorvida pelos cogumelos das montanhas de Sumava, a 1.500 km da usina.

Este ano, devido a um inverno mais rigoroso do que o normal, os javalis tiveram dificuldade em encontrar comida – e começaram a se alimentar dos cogumelos, que ainda estão radioativos. Segundo as autoridades tchecas, a carne com altos índices de radioatividade é descartada durante a inspeção, ou seja, não chega ao mercado. Mas ela poderia, sim, causar problemas de saúde se consumida com frequência ao longo de algumas semanas.

A população de javalis deve continuar contaminada por um bom tempo: a meia-vida do césio-137, ou seja o tempo que ele demora para perder metade da radioatividade, é de 30 anos. Isso significa que hoje, três décadas após o acidente de Chernobyl, ele ainda emite 50% da radiação original (ela só cairá para 25% daqui a mais 30 anos).

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