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Microrrobôs varrem pneumonia do pulmão de ratos

Robôs microscópicos carregando antibióticos acabaram com os micróbios da doença e salvaram 100% dos roedores cobaias.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 30 set 2022, 07h31 - Publicado em 29 set 2022, 18h50
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  • Fotografia close de uma mão com luva verde segurando um ratinho de laboratório.
     (sidsnapper/Getty Images)

    Os cientistas usaram robôs microscópicos para limpar os micro-organismos causadores de pneumonia nos pulmões de camundongos. A técnica inovadora aumenta as esperanças de que um tratamento similar possa ser aplicado para tratar a pneumonia bacteriana mortal em humanos.

    Nos experimentos, todos os roedores que foram tratados com os robôs ficaram completamente livres da infecção em uma semana e sobreviveram; enquanto aqueles que não receberam o tratamento morreram dentro de três dias.

    “Com base nestes dados dos ratos, vemos que os micro robôs poderiam melhorar a penetração de antibióticos para matar patógenos bacterianos e salvar a vida de mais pacientes”, diz Victor Nizet, um dos autores do estudo, realizado pela Universidade da California em San Diego. 

    Os robôs foram feitos com células de algas, e foram adicionadas nanopartículas cheias de antibióticos em suas superfícies. As algas possibilitam movimento e deixam os micro robôs entregarem os antibióticos diretamente às bactérias nos pulmões. As nanopartículas com antibióticos são esferas também minúsculas de polímero biodegradável revestidas com as mesmas membranas celulares de neutrófilos, um tipo de glóbulo branco.

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    A grande sacada dessas membranas celulares é que elas absorvem e neutralizam moléculas inflamatórias produzidas pelas bactérias e pelo sistema imunológico, o que dá aos robôs a capacidade de reduzir a inflamação prejudicial e os torna melhores em combater a infecção pulmonar.

    Fornecer o tratamento exatamente onde é necessário torna essa abordagem mais eficaz. Os pesquisadores relatam que o tratamento com os robôs foi mais eficiente do que uma injeção intravenosa de antibióticos – para obter o mesmo efeito, a dose de injeção teria de ser 3.000 vezes maior do que a carregada pelos robôs.

    Segundo os cientistas, esses resultados mostram como a precisão na ação do medicamento combinada ao movimento ativo das algas melhora a eficácia do tratamento. 

    A bactéria utilizada no estudo foi a Pseudomonas aeruginosa. Em humanos, ela ocorre após os pacientes serem colocados em ventilação mecânica durante terapia intensiva. Os pacientes que contraem a infecção acabam passando mais tempo no hospital, e têm um aumento significativo em seu risco de morte.

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    Os pesquisadores estão confiantes de que seu novo método seria relativamente simples de administrar nos pulmões de pacientes graves, que estão conectados a respiradores artificiais – com os roedores, eles implantaram os robôs através de um tubo na traqueia.

    A equipe planeja prosseguir com as pesquisas. Os próximos passos incluem estudos das minúcias da relação entre os robôs e o sistema imune, a fim de validar o tratamento e, eventualmente, ampliá-lo para outras cobaias. Eles almejam testar sua técnica em animais maiores e, por fim, em humanos.

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