Em 2015, uma equipe de astrônomos russos informou que um telescópio na região do Cáucaso havia interceptado um sinal misterioso de uma estrela distante. Logo, a hipótese da vida alienígena foi levantada e as pessoas começaram a imaginar se o sinal não seria de aliens tentando entrar em contato conosco. Como você já deve imaginar, não era nada disso: os equipamentos se confundiram e o sinal partiu do nosso próprio planeta, provavelmente de um avião que passava por perto.
Não são raros, aliás, casos de alarde sobre alienígenas que não passavam de alarme falso. E como esse assunto não é brincadeira, os pesquisadores da Universidade St. Andrews Center passaram a trabalhar numa escala que permitisse aos cientistas avaliarem sinais de vida fora da Terra.
Chamada de Rio 2.0, a escala leva em conta não apenas a potência dos sinais captados, como também a probabilidade de ele ser genuíno – em vez de um fenômeno natural ou algo produzido pelo homem e confundido com uma tentativa de contato extraterrestre. Ela vai de 0 a 10, sendo que de 0 a 5 ainda há ceticismo sobre o ocorrido. De 6 a 10 dá para começar a se preparar para uma invasão.
A nova escala poderá ser usada como a escala Richter, que gradua a gravidade dos terremotos. Nela, um sinal é pontuado imediatamente quando o fenômeno é registrado. Esse sinal é atualizado continuamente à medida que novos dados chegam. Esse novo jeito de medir a possibilidade de contatos imediatos foi submetido ao Comitê Permanente da Academia Internacional de Astronáutica para ratificação oficial.
O caso mais recente de alarme falso aconteceu este ano, quando o escurecimento de uma estrela distante gerou a especulação de que uma civilização extraterrestre havia construído uma megaestrutura alienígena, como a Estrela da Morte, de Star Wars. No final das contas, era só poeira. O micão não teria acontecido se já estivessem usando a escala Rio 2.0.