A cada ano, 8 milhões de toneladas de plástico são jogados nos oceanos, segundo pesquisas. É muito lixo — isso sem contar a presença alarmante de microplásticos nas águas salgadas e doces do mundo todo. E a situação pode piorar, caso não haja qualquer tipo de intervenção. A previsão do Foresight Future of the Sea Report, relatório britânico sobre a situação dos mares, é que a quantidade de plástico nos oceanos triplique até 2025.
Pouco se sabe ainda sobre os efeitos reais dessa poluição toda. Mas, segundo cientistas, esse lixo plástico nas costas têm contribuição importante na proliferação de algumas bactérias, como a E. coli. “Existe uma cegueira sobre o mar, uma falta geral de entendimento sobre ele e seu valor. A melhor demonstração disso é o fato de que o fundo dos oceanos é menos mapeado do que a superfície de Marte”, escrevem os cientistas no relatório. Além da poluição, não se sabe ao certo quais os impactos que os microplásticos causam aos animais marinhos e a nós.
A principal solução, de acordo com eles, seria vencer esse primeiro problema: criar e expandir as campanhas públicas sobre as ameaças à vida marinha. E começar ainda a criar ações reais para acabar com essa poluição, prevenindo a entrada de plástico nos oceanos e incentivando a produção e uso de novos materiais biodegradáveis.
Além dos problemas gerados pelo lixo, o relatório não deixou de fora outras ameaças, como o aumento da temperatura das águas e do nível do mar, poluição química, e a superexploração das espécies marinhas.