Pescadores descobriram uma bomba não detonada da Segunda Guerra Mundial perto da vila de Borgo Virgilio, no norte da Itália, próxima à cidade de Mântua, a 388 quilômetros de Roma. Ela estava submersa há mais de 70 anos no rio Pó, o mais longo do país, com 652 km de extensão.
Não é raro encontrar artefatos de guerra pela Europa. Só na Alemanha, por exemplo, estima-se que incríveis 2 mil toneladas de munição (incluindo bombas que não explodiram) sejam encontradas no país todos os anos. Mas o que chama a atenção para o objeto recém-encontrado é que ele só emergiu por causa da onda de calor extrema que a Europa enfrenta.
Nesses últimos meses de verão no hemisfério norte, as temperaturas atingiram níveis recordes em partes do continente. O norte da Itália, por exemplo, passa pela pior seca dos últimos 70 anos, o que causou a queda no nível de água do Pó – e fez a bomba aparecer.
Depois de evacuar as 3 mil pessoas que vivem nas proximidades da vila, um esquadrão anti-bombas cortou o fusível da bomba e a levaram para uma pedreira a cerca de 45 quilômetros. Lá, uma explosão controlada a destruiu. De acordo com os militares, ela pesava quase 450 quilos e tinha sido fabricada nos EUA.
Devido ao calor e à seca, a Itália declarou estado de emergência no mês passado para as áreas ao redor do rio Pó. No final de junho, Roma também registrou sua temperatura mais alta já registrada: 40,5 °C. E uma má notícia: graças às mudanças climáticas, ondas de calor extremas como essa devem se tornar cada vez mais comuns.