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Só existe um inseto nativo da Antártica. Pesquisadores descobriram como ele sobrevive.

O Belgica antarctica é um pequeno mosquito que não voa, mas aguenta temperaturas de até -15°C.

Por Maria Clara Rossini
15 fev 2025, 18h00

Para quem sofre com o calor e picadas de mosquitos típicas do verão brasileiro, a Antártica pode ser um bom destino de férias. O continente gelado é praticamente livre de insetos, com exceção de um bichinho que resiste às temperaturas abaixo de zero: Belgica antarctica, o único mosquito que só é encontrado na Antártica.

Ele foi descoberto em uma das primeiras expedições para o continente, ainda no século 19. Apesar de não ter asas, ele pertence à ordem Diptera, que também abriga as moscas e os pernilongos. Acredita-se que a incapacidade de voar seja uma adaptação evolutiva para não ser levado para áreas inóspitas.

Toda a vida do animal – fases larvais e adulta – ocorre em terra. Ele sobrevive a temperaturas de até -15 °C, que congelariam outros insetos. Em uma pesquisa publicada no periódico Scientific Reports, pesquisadores da Universidade Metropolitana de Osaka descobriram alguns dos segredos que o B. antarctica utiliza para resistir ao frio.

O inseto tem um ciclo de vida de dois anos, estando a maior parte do tempo em estágio larval. No primeiro ano, a larva entra em estado de dormência em resposta às condições adversas. Quando as condições climáticas melhoram, o organismo consegue despertar rapidamente para continuar seu desenvolvimento.

Já no segundo ano o B. antarctica passa por outro estado dormente, chamado diapausa obrigatória. Nesse processo, o inseto “espera” o verão para finalmente emergir como um adulto. Devido a esse despertar cronometrado, todos os mosquitos da Antártica chegam à maioridade na mesma época. 

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Os insetos têm apenas alguns dias de vida como adultos. Eles dedicam esse tempo precioso a achar um parceiro e se reproduzir. As fêmeas morrem após botar sua primeira leva de ovos. Já os machos podem copular mais vezes.

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Embora a combinação dessas técnicas não tenha sido descrita em outros organismos, os pesquisadores acreditam que insetos que habitam ambientes extremos, como o ártico e altas altitudes, possam estar empregando estratégias semelhantes.

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Os pesquisadores capturaram e cuidaram de espécimes do mosquito antártico em laboratório por seis anos, para que pudessem avaliar seu desenvolvimento em condições diversas. 

Apesar da adaptação fantástica ao clima antártico, o B. antarctica não está preparado para as mudanças climáticas – e, inclusive, pode entrar em risco de extinção. A larva não sobrevive a temperaturas maiores que 10°C por mais que uma semana, e morre em poucas horas se for exposta a 30°C.

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