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Sonda chinesa Chang’e-6 pousa no lado oculto da Lua

Sonda irá coletar amostras de rocha e poeira de um lado completamente inexplorado do satélite.

Por Caio César Pereira
3 jun 2024, 19h00

No último domingo, dia 2, o serviço espacial chinês anunciou que a sua sonda Chang’e-6 pousou na Bacia do Polo Sul-Aitken, no chamado lado oculto da Lua.

Desde o seu lançamento em 3 de Maio no Centro de Lançamento Espacial de Wenchang, na ilha de Hainan, no sul da China, a missão tem como principal objetivo coletar pela primeira vez amostras de solo de uma região até então inexplorada do satélite.

Essa é a segunda vez que o país asiático pousa no lado oculto oculto da Lua, com a sonda chinesa Chang’e-4 tendo sido a primeira a realizar o feito em 2019.

Além da coleta de rocha lunar, a sonda irá realizar também alguns experimentos na própria zona de pouso, em um processo que deve levar cerca de dois dias. A sonda é equipada com um braço robótico, que irá coletar amostras da superfície, e também com uma broca de perfuração, para realizar coletas abaixo do chão lunar.

Mesmo com várias missões já realizadas, pousar na Lua não é algo fácil. Pousar em um lado não visível da Terra, então, é um desafio maior ainda. 

“A descida para uma órbita mais baixa envolve alguns riscos, então precisávamos de procedimentos de controle precisos para colocar a sonda em sua trajetória predefinida. Tivemos que reduzir rapidamente a velocidade relativa da sonda em relação à Lua para zero em 15 minutos, exigindo uma enorme quantidade de propelente, basicamente metade do peso total da sonda”, contou à emissora estatal CCTV, Huang Wu, pesquisador da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China.

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Apesar de pano para manga para histórias de ficção científica, o lado oculto da lua não tem nada de misterioso. A Terra e o satélite giram de forma sincronizada, em um processo chamado de rotação sincronizada.

Assim, como o período de rotação da lua em seu próprio eixo é igual ao tempo em que leva para dar a volta na Terra, independente da época do ano, aqui da Terra a gente vê sempre o mesmo lado do satélite. Esse tal lado escuro também é iluminado pelo sol, a gente só não consegue ver diretamente.

 

 

Dessa forma, pelas dificuldades em se realizar missões no lado oposto, a maioria das missões terrestres na lua acabam sendo no lado visível para a gente. Mas esse é um aspecto que está mudando com a nova corrida ao satélite. O lado oculto ainda é uma área totalmente inexplorada, e os pesquisadores acreditam que por lá existam ainda crateras menos cobertas por fluxos de lava antigos do que o lado visível.

Os materiais coletados poderão ajudar os cientistas a entender a história e formação da Lua, o porque da diferença presente em seus dois lados, e etc. Assim, entre rochas e poeira, é esperado que a sonda colete cerca de 2 kg de material para análise e pesquisa.

Apesar das acusações americanas de que o governo chinês esteja mascarando objetivos militares em suas missões  espaciais, a China é um dos principais países na corrida espacial moderna. 

Enquanto os EUA planejam voltar aos holofotes espaciais com a missão tripulada à lua Artemis 3 planejada para meados de 2026, a China não só pretende enviar uma missão tripulada em 2030, mas também realizar a construção de uma base lunar.

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