Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine a partir de 9,90

Você pode enxergar os órgãos internos desta espécie de sapo

A espécie foi encontrada na Amazônia equatoriana e pertence ao gênero dos "glassfrogs" - grupo de sapos de pele tão transparente quanto vidro

Por Guilherme Eler
2 jun 2017, 08h44

Se existe um animal que não é lá muito bom em disfarçar ansiedade, este é a rãzinha Hyalinobatrachium yaku. Seu coração pode ser visto batendo acelerado por debaixo da pele, graças a uma camada incrivelmente transparente na região do peito. A variedade integra o gênero dos glassfrogs, apelido que os cientistas deram para os sapos de pele tão clara quanto o vidro.

Apesar de ter vários parentes com essa mesma habilidade de transparência, cientistas acreditam que a espécie seja única por uma série de motivos. E o primeiro está exatamente no coração. No caso da Hyalinobatrachium yaku, o órgão pode ser visto sob a pele com sua cor verdadeira, um vermelho vivo. Isso não acontece em outras variedades de glassfrogs, em que todos os órgãos – o coração, incluso – aparentam ter a cor branca. Também entram na lista de peculiaridades os pontos em verde escuro que a espécie possui no corpo todo, sobretudo nas costas.

Mas o mais interessante mesmo são seus comportamentos reprodutivos incomuns – quem realiza a guarda dos ovos são os machos, por exemplo. O local onde os proto-filhotes são estocados antes de ganharem o mundo também não é nada usual: a parte de baixo das folhas das árvores. Quando estiverem prontos para eclodir, os ovos se descolam e caem na água, onde as crias estão livres para completar seu desenvolvimento.

A espécie foi descrita pela primeira vez há algumas semanas, em um estudo divulgado no periódico Zookeys. Ela pode ser encontrada saltitante em cima das árvores na Amazônia equatoriana – lá, pelo menos, foi o lugar onde apareceu pela primeira vez.

Mas manter esse habitat latino-americano pode ser considerado um problema para a sobrevivência da espécie, de acordo com os pesquisadores. Essa região amazônica é marcada pela extração de petróleo e desmatamento, atividades que podem destruir por completo o local onde os sapos são encontrados – ou pelo menos comprometer gravemente a interação entre populações.

“Esperamos que descobertas como a desse sapinho possam nos ajudar no alerta de que há muita coisa para ser perdida com a extração continuada de combustíveis fósseis, além daquilo que já sabemos sobre as mudanças climáticas”, disse Paul Hamilton, um dos autores do estudo, à revista New Scientist.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 5,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$5,99/mês.