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Yakecan: a tempestade tropical por trás do frio extremo no país

Não é só ela. Entenda a soma de circunstâncias climáticas que fez os termômetros caírem drasticamente no Brasil.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 19 Maio 2022, 17h33 - Publicado em 19 Maio 2022, 16h38
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  • A onda de frio extremo que atingiu para boa parte do Brasil tem uma culpada: a tempestade tropical Yakecan. O nome, que significa “som do céu”, é pertinente para descrevê-la – vieram junto ruidosos ventos intensos, além de uma onda de frio bem mais longa do que o esperado. Mas o fenômeno todo da friaca repentina é mais inusitado do que suas partes separadas.

    Esse frio é fruto de dois acontecimentos meteorológicos somados: essa tempestade Yakecan, que estava estacionada, e a influência da massa polar atlântica (mPa). Massas polares são frias e úmidas por definição, e sua intensidade é maior durante o inverno. A mPa é responsável pelas quedas de temperatura nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, dessa vez, a pedra no sapato é a tempestade.

    Em condições normais, as frentes frias duram alguns dias; porém, com a tempestade barrando seu caminho, ela ficou, de certa forma, presa dentro do país.

    Inicialmente identificada quando ainda era um ciclone, a Yakecan foi reclassificada como tempestade subtropical. Todas as frentes frias vêm com um ciclone extratropical, a diferença é que esta se soltou da frente.

    A nomenclatura pode variar, mas ciclones e tempestades tropicais obedecem à mesma definição básica: são sistemas de baixa pressão atmosférica, que se movimentam em sentido horário. O que muda de um para o outro é a intensidade dos ventos.

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    A Yakecan, na verdade, não chega a estar parada, só está muito devagar – bem mais do que o normal. Essa demora permite que ela interaja mais com o oceano, então o vapor d’água sobe e se transforma em mais nuvens. No fim das contas, isso reflete em ventos intensos, ondas de frio acima da média e até geadas e chuvas de granizo.

    E tem mais: outro fenômeno também age no processo: a conhecida La Niña. Caracterizada pelo esfriamento anormal das águas do Pacífico, ela altera o padrão dos ventos e intensifica as frentes, adiantando os dias de frio.

    A previsão é de que essa onda gelada diminua. A Yakecan se afasta cada vez mais em direção ao oceano, e a frente fria presa vai ser aliviada. Com a chegada do inverno, os próximos meses ainda prometem ser frios – menos parecidos com essa Era do Gelo contemporânea, mas ainda assim frios.

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