Black Friday: assine a partir de 1,00/semana

Bruno Garattoni

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
Continua após publicidade

Google Wi-Fi funciona bem, mas preço é um problema

Roteador mesh do Google, que está sendo lançado no Brasil, cobre bem a casa com sinal de internet - mas rival oferece desempenho similar por R$ 1.000 a menos; leia review

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 out 2021, 17h54 - Publicado em 19 out 2021, 13h37
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Roteador mesh do Google, que está sendo lançado no Brasil, cobre bem a casa com sinal de internet – mas rival oferece desempenho similar por R$ 1.000 a menos; leia review

    Cantos onde o sinal não chega, quedas de velocidade sem explicação, e a eterna corrida armamentista com os vizinhos – cujas redes parecem cada dia mais fortes, com sinais mais potentes que o seu dentro da sua própria casa. Todo mundo tem algum problema com Wi-Fi. E a primeira coisa que as pessoas fazem para tentar resolver isso é comprar um repetidor, que custa de R$ 200 a R$ 300. 

    Ele realmente estende o alcance do sinal, com dois grandes poréns. Como o repetidor não tem inteligência nenhuma, simplesmente capta e retransmite o sinal Wi-Fi, a rede fica bem mais lenta: a perda de velocidade costuma ser de 50%. Além disso, você fica com redes separadas para o roteador principal e o repetidor, e precisa alternar manualmente entre elas conforme anda pela casa (até dá para fazer uma rede única, mas isso costuma causar interferências terríveis, reduzindo ainda mais a velocidade). Sem falar nas perdas de conexão: com frequência, você precisa desligar e ligar o repetidor para que ele volte a reconhecer o roteador principal.

    Trocar o roteador por um melhor também não costuma resolver o problema: ou você ganha velocidade e perde alcance, ou ganha alcance e perde velocidade. A única solução que realmente funciona são as redes Wi-Fi mesh. Elas são formadas por dois ou três aparelhos idênticos, que se comunicam entre si e são inteligentes o bastante para coordenar a distribuição do sinal pela casa – mantendo uma rede unificada e sem os problemas dos repetidores comuns. 

    Imagem do roteador Google Wi-Fi.
    (Google/Divulgação)
    Continua após a publicidade

    Existem alguns produtos do tipo. Um deles é o Google Wi-Fi, que está sendo lançado no Brasil. Ele é pequeno e discreto, e bem fácil de instalar: mesmo quem não tem muita intimidade com equipamentos de rede vai tirar de letra. Nós o testamos por dez dias, comparando com um sistema mesh Deco M4, da marca TP-Link. 

    Na minha casa, a internet é de 250 Mbps. O cabo da operadora chega pelo escritório, onde fica o primeiro “nó” da rede mesh. Com o Google Wi-Fi, consegui 210 Mbps de velocidade média nesse cômodo – um pouco menos que o Deco, que superou 240 Mbps, mas ainda assim um ótimo resultado. Na sala, também houve pequena vantagem para o Deco, que alcançou 130 Mbps contra 120 Mbps do Google. Considerando as flutuações de velocidade típicas das redes Wi-Fi, dá para dizer que ambos estão em empate técnico. 

    A maior diferença foi no quarto, onde o Deco alcançou 225 Mbps – mas o sistema do Google, mesmo repetindo os testes muitas vezes (com os serviços Fast.com e Speedtest), nunca conseguiu passar de 135 Mbps. Isso é mais do que suficiente para o uso naquele cômodo, que consiste em ver streaming e navegar na internet. Mas é uma diferença grande. 

    Continua após a publicidade

    Por outro lado, o Google Wi-Fi é visivelmente mais estável. Uso o Deco M4 há aproximadamente um ano, e ele de vez em quando perde velocidade (a rede dá uma congestionada). Isso é relativamente raro, não chega a ser um problema. Mas também já aconteceu algo mais sério: em duas ocasiões, o Deco simplesmente travou, e isso não se resolveu desligando e religando os aparelhos – eu tive que resetá-los e recriar toda a rede. 

    O roteador do Google não exibiu sinais do tipo; ele simplesmente funciona. Outra vantagem é que nele a abertura (“encaminhamento”) de portas, um ajuste necessário para jogar online sem perder desempenho nem enfrentar bugs, é um pouco mais simples de fazer do que no Deco. Em tempo: o Google diz que seu aparelho não monitora o tráfego de rede, e não coleta nem envia essa informação para a empresa.  

    Um ponto negativo é que o Google Wi-Fi, assim como o Deco M4, não adota o novo padrão Wi-Fi 6E, que opera na frequência de 6 GHz (ele trabalha nas bandas tradicionais de 2,4 GHz e 5 GHz, alternando automaticamente entre elas conforme o dispositivo conectado).

    Continua após a publicidade

    O Google Wi-Fi é um ótimo produto. Seu problema é o preço: R$ 999 por uma unidade (que sozinha não funciona como rede mesh), ou R$ 2.000 por três unidades. Já o Deco M4 costuma ser encontrado entre R$ 800 e R$ 900, pelo kit com duas unidades. É muito mais barato (não confundir com o modelo Deco E4, que custa ainda menos mas é limitado a 100 Mbps).  

    Mesmo considerando a estabilidade e a simplicidade do Google Wi-Fi, é difícil justificar gastar R$ 1.000 a mais – especialmente considerando que o Deco M4 é mais rápido. Por isso, o Google deveria reduzir o preço do seu produto. Um kit com duas unidades a R$ 1.200 ou R$ 1.300, por exemplo, seria bem mais competitivo.    

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.