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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Missão leva cinzas humanas à Lua – e gera polêmica com tribo indígena nos EUA

Veículo privado lançado ao espaço hoje carrega 20 pacotes, incluindo cinco da Nasa - e duas "cargas memoriais" com as cinzas de dezenas de pessoas; tribo navajo diz que o serviço, oferecido por US$ 13 mil, irá profanar a Lua

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Atualizado em 9 jan 2024, 06h27 - Publicado em 8 jan 2024, 15h59
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  • Veículo privado lançado ao espaço carrega 20 pacotes, incluindo cinco da Nasa – e duas “cargas memoriais” com as cinzas de dezenas de pessoas; tribo navajo diz que o serviço, oferecido por US$ 13 mil, irá profanar a Lua

    Atualização 9/1: o veículo Peregrine sofreu um vazamento de combustível, colocando em xeque sua tentativa de pousar na Lua.

    Na manhã desta segunda, 8 de janeiro, o foguete Vulcan Centaur partiu do Cabo Canaveral, na Flórida, levando consigo o Peregrine – um veículo que irá pousar na Lua e está levando 20 cargas, incluindo cinco instrumentos científicos da Nasa.

    É a primeira missão do Vulcan Centaur, um foguete privado – ele foi desenvolvido pela United Launch Alliance, parceria entre Boeing e Lockheed Martin, e usa propulsores da Blue Origin, a empresa espacial de Jeff Bezos. O Peregrine também é privado: pertence à empresa americana Astrobotic. 

    E é nele que está a polêmica. O veículo está levando dois pacotes, das empresas Celestis e Elysium, que são “cargas memoriais”: eles contêm cinzas humanas, resultado da cremação de corpos. Em vez de guardar as cinzas de um parente, ou espalhá-las no oceano, você pode enviá-las para a Lua – o serviço foi oferecido por duas empresas americanas, que cobram US$ 13 mil.

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    Isso gerou protestos da tribo indígena navajo – cujo líder, Buu Nygren, pediu à Nasa que adiasse a missão. Isso porque vários povos indigenas consideram a Lua sagrada.  “Como guardiões de nossa cultura e tradições, é nossa responsabilidade informar nossas preocupações com ações que podem profanar espaços sagrados, e desconsideram valores culturais profundos”, afirmou Nygren. 

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    Cápsulas da empresa Elysium, que oferece o envio de cinzas humanas à Lua (Elysium/Divulgação)

    Será a segunda vez que cinzas humanas serão enviadas à Lua. A primeira foi em 1998, quando a missão Lunar Prospector, da Nasa, carregou as cinzas do astrônomo Eugene Shoemaker – ele foi um pioneiro da ciência planetária e descobriu, com o canadense David Levy, o cometa Shoemaker-Levy. 

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    A Nasa recebeu as queixas dos navajo, mas decidiu não interferir. “Eles [as empresas] não têm que aprovar as cargas conosco. Essas missões são privadas, e cabe a eles vender o que conseguirem vender”, disse Chris Culbert, diretor do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS), em que a Nasa seleciona voos privados para transportar as cargas dela até a Lua. 

    O Peregrine ficará algumas semanas na órbita lunar, e tentará pousar em 23 de fevereiro. A Celestis está carregando as cinzas de 66 pessoas. A Elysium não divulga essa informação. 

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