É raro ver mulheres em cargos de chefia. Como a gente viu aqui só 4% dos CEOs são do sexo feminino e apenas 8% dos diretores são mulheres. No mercado financeiro a ala masculina predomina ainda mais – basta ver quantas analistas do sexo feminino aparecem como fontes em jornais e revistas. É aí que mora o erro. São delas as melhores decisões quando o assunto envolve ações – elas tomam decisões mais racionais e evitam desastres financeiros.
A culpa disso é biológica. Excesso de testosterona instiga seu lado irracional. E é esse hormônio que leva homens a fecharem negócios mais agressivos, alguns fadados ao fracasso.
Já as mulheres, graças aos níveis mais altos de estrógeno e progesterona, costumam considerar melhor as perdas e manter os resultados mais estáveis – sem ganhos exorbitantes, mas sem grandes desastres financeiros.
É o que mostra um estudo liderado por Daniel Ladley, especialista em finanças da Universidade de Leicester, na Inglaterra. Ele e sua equipe criaram um modelo matemático de computador para avaliar os resultados do mundo financeiro em decisões tomadas com excesso de hormônios masculinos ou femininos.
E concluíram: muita testosterona gera resultados mais extremos, para o bem e para o mal. Predominância de hormônios femininos termina em negociações mais seguras. No fim das contas, as decisões femininas chegaram a resultados melhores – os ganhos conquistados por eles não compensaram as perdas da ousadia masculina.
Ou seja, o segredo mesmo é o equilíbrio. Mesclar um time com homens e mulheres, com a medida certa de ousadia e precaução, pode proteger empresas contra decisões suicidas e desastres financeiros.
Crédito da foto: Visual Hunt
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