De onde saiu o bordão do carro da pamonha?
“Pamonhas fresquinhas, pamonhas caseiras. É o puro creme do milho verde.”
“Olha aí, olha aí, freguesia. São as deliciosas pamonhas de Piracicaba.” O autor dessa pérola é Dirceu Bigelli – um vendedor de pamonhas que de fato atuava na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Ele morreu aos 39 anos em 1990, num acidente automobilístico.
Dirceu originalmente falava ao vivo em um microfone enquanto dirigia, mas a garganta não aguentou o tranco e ele resolveu compilar suas frases mais características em uma fita cassete. Em uma entrevista à EPTV, afiliada da Rede Globo que atua na região de Piracicaba, o irmão de Dirceu, chamado Airton, exalta o tino comercial do vendedor: “O talento dele para o negócio era nato. Sozinho, ele vendia até mil unidades por dia”.
A gravação se espalhou pelo Sudeste e além, e hoje acompanha centenas de carros que vendem o quitute. Até Washington Olivetto prestou sua homenagem – e usou o bordão certa vez para anunciar uma festa de aniversário de sua agência publicitária, a W/Brasil.
Pergunta de Rafael Battaglia, repórter da Super.