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Por que sentimos “borboletas no estômago”?

Por que o órgão direciona o precioso líquido a partes do corpo importantes em uma situação ameaçadora – como os músculos (pensou outra coisa?)

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 24 abr 2020, 09h33 - Publicado em 20 abr 2020, 18h33
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  • Que maneira poética de descrever a falta de sangue no estômago. Essa é uma resposta natural do corpo. Acontece quando estamos nervosos, ansiosos por causa de um acontecimento importante ou simplesmente apaixonados.

    O ser humano possui dois modus operandi básicos: “descansar e digerir” ou “fugir e lutar”. Enquanto você lê esse texto, é provável que esteja no primeiro modo. Mas antes de uma apresentação em público (ou de encontrar alguém especial), o seu cérebro muda a chavinha para o segundo – liberando as borboletas.

    O motivo para isso vem lá da pré-história. Naquela época, a maior preocupação do homem não era gaguejar em público ou se arrumar para um encontro, e sim não ser comido por predadores. Se você encontrasse um tigre pronto para te devorar, precisaria estar pronto para agir – seja lutando ou fugindo.

    O sistema nervoso reconhece o perigo e manda sinais para o resto do corpo já ficar preparado: pupila dilatada, coração acelerado e respiração ofegante. Nesse momento, a prioridade é levar oxigênio para os músculos (eles precisam estar preparados caso você resolva chutar o tal tigre, que não é uma boa ideia, mas…), então mais sangue é direcionado para eles.

    O estômago, por outro lado, não é a prioridade do momento. A digestão fica em segundo plano em situações de estresse, e a redução de sangue na região causa a sensação estranha na barriga. O hormônio da adrenalina, que dá as caras nessas horas, também mexe com os movimentos peristálticos do estômago, dando aquele rebuliço.

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    Por mais que você queira deixar o nervosismo de lado na hora do date, não dá pra controlar nada disso. Quem assume as rédeas é o sistema nervoso autônomo, responsável pelas funções do corpo que você não comanda, como batimentos cardíacos e respiração.
    Quem vê pensa até que o crush morde. Ou será que morde mesmo?

    Pergunta de Isabela Berticelli, cidade não identificada

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