Não são muitos os exemplos de empresas que conseguiram se conectar a comunidades para desenvolver negócios benéficos para a sociedade, com preços acessíveis, e financeiramente sustentáveis. O Programa Vivenda*, focado em habitação social, é um desses bons exemplos de empreendedorismo.
Idealizado em 2009 por três brasileiros – o administrador Fernando Assad, o arquiteto Igiano Lima e o historiador Marcelo Coelho –, o negócio social tem como objetivo reformar casas de favelas com mão-de-obra qualificada, em pouco tempo e com valor justo, já que a margem de lucro é muito pequena.
A empresa só começou a funcionar, de fato, em maio de 2014. Em sete meses, reformou 72 residências na periferia. Todas as obras foram realizadas em até cinco dias depois que o projeto for aprovado, custaram até cinco mil reais e o valor pôde ser parcelado em até 12 vezes.
E mercado para a iniciativa não falta: Assad estima que 12 milhões de moradias populares no Brasil enfrentem problemas estruturais, como falta de ventilação, vazamentos, muita umidade e mofo, que comprometem a saúde da população de baixa renda.
A frente de ação do Programa consiste em quatro kits de reforma: para banheiro, revestimento, ventilação e antiumidade. Para realizar as reformas, a empresa monta um escritório dentro da comunidade que será atendida (atualmente, opera no Jardim Ibirapuera, na zona sul de São Paulo), e lá trabalham arquitetos, pedreiros, ajudantes, estagiários e equipe de venda.
Fotos: Divulgação/Programa Vivenda
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