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Pesquisadores descobrem nova espécie de marsupial que faz sexo até morrer

De Vanessa Borbosa, de EXAME.com Ninguém duvida que a atividade sexual demanda muita energia. Mas para alguns animais, ela pode custar a própria vida. Este é o (trágico) caso de uma nova espécie de rato-marsupial-australiano descoberta por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. Chamada de Dusky Antechinus, a nova espécie foi encontrada em uma região […]

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h17 - Publicado em 3 jun 2015, 14h10
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  • De Vanessa Borbosa, de EXAME.com

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    Ninguém duvida que a atividade sexual demanda muita energia. Mas para alguns animais, ela pode custar a própria vida. Este é o (trágico) caso de uma nova espécie de rato-marsupial-australiano descoberta por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália. Chamada de Dusky Antechinus, a nova espécie foi encontrada em uma região remota no sudeste da Tasmânia. Como outras espécies do mesmo gênero (Antechinus), os animais descobertos compartilham de hábitos muito semelhantes, incluindo o apetite sexual mortífero, que os cientistas definem como uma “reprodução suicída”.

    No período de reprodução, os machos acasalam freneticamente por até 14 horas seguidas com o maior número de fêmeas possível. Ao fim do processo, que pode se repetir todos os dias durante três semanas, eles morrem de exaustão. Só nos últimos três anos, a equipe descobriu cinco novas espécies de Antechinus, um aumento de 50 por cento na diversidade dentro deste gênero de mamíferos.

    No entanto, os pesquisadores acreditam que três dos novos Antechinus já estão sob ameaça de extinção, devido às mudanças climáticas, pragas selvagens e perda de habitat. “A Austrália está no meio de uma perda sem precedentes de seus tesouros biológicos”, disse Andrew Baker, um dos autores do estudo.  Conforme o estudo, em um cenário de ameaças crescentes, o comportamento suicida de reprodução acaba contribuindo para o problema.

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    Acasalamento mortal

    Durante muito tempo, os cientistas atribuíram tal comportamento à escassez de alimento. Segundo esse reciocínio, espécies que vivem em regiões onde a abundância de alimento ocorre em apenas um período determinado do ano seriam mais susceptíveis de adotarem a “reprodução suicída”. Acreditava-se que, para aproveitar a fartura, as fêmeas acabariam  por “programar” seus períodos de acasalmento para esses períodos, de forma que as crias tivessem alimento de sobra.  Com isso, os machos acabariam por concentrar toda a energia e testosterona necessárias para procriar durante o mesmo período, acasalando com a maior quantidade possível de fêmeas, num ritmo frenético e exaustivo.

    Mas um outro estudo recente, também feito por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Queensland, contestou a crença anterior. Segundo a pesquisa, ao invés de ser uma luta para garantir alimento para a prole, a exaustão e consequente morte dos animais seriam, na verdade, resultado de uma competição entre os machos para promover seus genes. O desgaste do processo afetaria o sistema imunológico dos animais, deixando-os vulneráveis à infecções, hemorragias internas e até mesmo desintegração do tecido do corpo.

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