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24. “Eu me casei virgem.”

A verdade: Depende da idade. Para mães com mais de 60 anos, virgindade foi regra. Já as mais novas tiveram mais experiências - e nem sempre das melhores

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Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 8 mar 2013, 22h00
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  • Anna Carolina Rodrigues

    Nos anos 70 muito se discutiu sobre a libertação sexual das mulheres. Mas, na prática, grandes são as chances de que boa parte de jovens brasileiras daquela época tenha se casado virgem, tamanho era o valor dado ao hímen. Algumas chegavam a fazer cirurgia de “revirginização” – como relatou a revista Realidade em 1971. Na reportagem “Ser virgem é muito importante. Muito”, uma jovem contou que perdeu o marido quando ele descobriu que ela não era mais virgem. Ao encontrar outro noivo, foi para a mesa de cirurgia só para garantir que não fosse rejeitada. Isso mudou bastante nos anos 80. O orgasmo feminino passou a ser discutido na televisão de manhã, de segunda a sexta, com o programa TV Mulher, na Rede Globo. Em outubro de 1984, o livro de não-ficção mais vendido no Brasil foi O Complexo de Cinderela, que critica a espera de mulheres por um príncipe encantado. E o segundo foi Repressão Sexual, de Marilena Chauí. Como escrevera em 1980 a colunista Carmem Silva, da revista CLAUDIA, o sexo se tornou “simples e inconsequente como beber um copo d¿água”. Bom, nem tanto. Em 1987, uma pesquisa com 1 530 jovens de 15 a 24 anos feita pela Editora Abril mostrou que um terço das moças já tinha feito sexo, um terço só esperava as condições ideais e outro terço queria se casar virgem. Mas o sexo daqueles jovens não foi tão simples quanto beber água. Diferentemente dos meninos, grande parte das jovens de então sentia medo e insegurança na primeira vez (leia ao lado). Uma vez começada a vida sexual, quase a metade não ia ao ginecologista, metade não usava regularmente métodos anticonceptivos e 18% tiveram gravidez indesejada. A grande maioria resolveu o impasse com aborto – e um quarto delas chegou a fazer dois ou mais.

    Sexo, 25 anos atrás
    Na década de 1980, jovens começavam a se libertar sexualmente. Mas as meninas se davam muito pior do que os meninos

    Nossos pais
    Idade na primeira transa

    Até 14 anos – 24%

    15 a 17 anos – 33%

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    18 a 21 anos – 10%

    Não disse – 1%

    Não teve – 32%

    Com quem?

    Amigo(a) – 25%

    Prostituta – 21%

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    Colega – 8%

    Namorado(a) – 17%

    Conhecido(a) – 14%

    O que sentiram

    Realização – 63%

    Alegria – 55%

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    Orgulho – 40%

    Alívio – 29%

    Medo – 21%

    Dor – 9%

    Insegurança – 19%

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    Vergonha – 12%

    Nossas mães
    Idade na primeira transa

    Até 14 anos – 2%

    15 a 17 anos – 13%

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    18 a 21 anos – 16%

    Não disse – 1%

    Não teve – 67%

    Com quem?

    Amigo(a) – 5%

    Prostituta – –

    Colega – 4%

    Namorado(a) – 74%

    Conhecido(a) – 7%

    O que sentiram

    Realização – 46%

    Alegria – 51%

    Orgulho – 25%

    Alívio – 9%

    Medo – 42%

    Dor – 39%

    Insegurança – 41%

    Vergonha – 21%

    30% delas nunca se masturbaram quando jovens

    42% delas sentiam-se pressionadas a continuar virgem.

    FONTE: “Um perfil do jovem brasileiro dos anos 80”, in: Revista “Capricho”, agosto de 1987

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