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6 truques científicos para fazer amigos

Um guia para virar especialista em novas amizades

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 out 2017, 16h49 - Publicado em 5 out 2017, 16h48
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  • O que te aproximou do seu melhor amigo? Interesses em comum, o senso de humor parecido ou a inteligência dele? Difícil definir motivos precisos para justificar a amizade com alguém. Afinal, não existe mágica para fazer amigos. O ser humano é bem mais complexo que um punhado de fórmulas.

    Os cientistas também relutam em aceitar respostas prontas para explicar a receita da amizade que, por sinal, nem existe. O que se sabe é que alguns comportamentos facilitam a criação de laços e a manutenção das relações. Confira a seguir algumas descobertas que podem ajudar a responder à pergunta do início desse texto e fazer amigos com mais facilidade:

    Você já deve ter percebido em algum momento da vida que você e seus amigos têm ou tiveram uma linguagem própria, uma forma de gesticular e se expressar. Essa mimetização que acontece quando você convive muito com alguém também pode ser uma ferramenta para criar amizades. Afinal, modéstias de ego à parte, as chances de você ser amigo de alguém que reage e se comporta de maneira parecida com você são maiores que se a pessoa for o seu completo oposto.

    O “efeito camaleão” que acontece quando alguém inconscientemente imita o comportamento de outra pessoa foi comprovado por um grupo de cientistas da Universidade de Nova York, em 1999.

    No experimento, 72 homens e mulheres trabalharam juntos para resolver uma tarefa. Uma das pessoas de cada dupla tinha sido orientada pelos pesquisadores a imitar ou não o comportamento do parceiro ou da parceira. A interação foi filmada e, ao final, os participantes tiveram que dizer o quanto tinham gostado da pessoa com quem trabalharam– os “camaleões” agradaram mais que as pessoas que não mimetizaram o comportamento do parceiro.

    Então, as chances de alguém gostar de você aumentam se você fizer gestos semelhantes, usar a mesma linguagem corporal e imitar as expressões faciais do seu pretendente a amigo.

    Sabe aquela sensação de alívio ao encontrar um conhecido em um evento onde você não conhece ninguém? Pois bem, tendemos a gostar mais das pessoas que achamos familiares.

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    Para provar esse fenômeno, psicólogos da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, pediram que quatro mulheres se passassem por estudantes em uma mesma turma de psicologia. A frequência com que cada uma delas foi às aulas foi diferente. Quando os organizadores do experimento mostraram fotos das voluntárias a colegas dessa mesma turma, os estudantes demonstraram mais afinidade com as mulheres que foram com mais frequência para as aulas, mesmo sem ter interagido com nenhuma delas.

    Quem não é visto não é lembrado – nem entra no hall de amizades de ninguém.

    O ser humano é um animal que gosta de ser apreciado. Quando alguém demonstra que gosta da gente, nós tendemos a gostar da pessoa também.

    Os psicólogos chamam isso de “reciprocidade de gosto”. Um importante estudo americano de 1959 comprovou o fenômeno ao dizer a pessoas aleatórias de um determinado grupo de estudos que outros membros desse mesmo grupo gostavam deles. Depois de uma reunião do grupo, as pessoas que “sabiam” que agradavam outros companheiros tiveram que dizer quem as agradava. E, não à toa, citaram os nomes das mesmas que gostavam delas.

    Um estudo mais recente, da Universidade de Waterloo e da Universidade de Manitoba, descobriu que quando queremos que alguém goste da gente, somos mais calorosos com a pessoa em questão. E isso aumenta nossas chances de que fazer com que o sentimento seja recíproco.

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    Demonstre que você gosta do seu possível futuro amigo. Essa postura pode fazer com que a pessoa sinta a mesma coisa por você.

    Emoções são contagiosas. As chances de você fazer novos amigos dizendo o quão difícil foi seu dia e o quanto você detesta as pessoas com quem convive são bem baixas. Nós somos influenciados inconscientemente pelas emoções dos outros – para o bem e para o mal.

    Cientistas da Universidade de Ohio e da Universidade do Havaí, inclusive, descobriram que como nós imitamos os movimentos e as expressões dos outros, acabamos sentindo emoções parecidas também.

    Se você quiser que as pessoas sintam bons sentimentos ao seu redor, transmita essas emoções positivas. Guarde as reclamações e seus dilemas emocionais negativos para quando vocês forem realmente amigos.

    Esqueça o ditado “os opostos se atraem”. Se no amor isso pode até fazer sentido, nas amizades são as semelhanças que despertam a atração. Esse princípio foi comprovado em um estudo clássico realizado pelo psicólogo americano Theodore Newcomb.

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    No experimento, Newcomb escolheu pessoas com opiniões bastante controversas sobre temas como sexo e política, e as colocou em uma casa da Universidade de Michigan para que morassem juntas. Ao final da estadia, como era de se esperar (você mesmo já deve ter percebido isso na maioria das situações confinamento ou de extrema convivência), as pessoas ficaram próximas das que compartilhavam de opiniões parecidas sobre os tópicos polêmicos.

    Esse efeito de atração por similaridade não acontece só quando as duas pessoas concordam se o aborto deve ou não ser legalizado ou se a monogamia é melhor maneira de se relacionar. Ter os mesmos defeitos também une as pessoas. Uma pesquisa recente da Universidade da Virgínia em parceria com a Universidade de Washington descobriu que os militares da Força Área gostavam mais dos recrutas que apresentavam os mesmos traços negativos de personalidade que daqueles que compartilhavam as mesmas qualidades.

    Saber se abrir é uma técnica muito valiosa para construir relacionamentos.

    Uma grande pesquisa realizada por um grupo de universidades dos Estados Unidos reuniu estudantes em duplas para que conversassem e se conhecessem ao longo de 45 minutos.

    Para alguns pares, os organizadores do estudo deram fichas com perguntas que iam ficando gradativamente mais profundas e pessoais como “como é o relacionamento com a sua mãe?”, por exemplo. Para outro grupo, as questões eram mais superficiais e aleatórias – “qual o seu feriado favorito”, foi uma delas.

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    Passada essa parte inicial do teste, as pessoas que conversaram sobre coisas mais pessoais relataram se sentir mais próximas de seus pares que aqueles que falaram sobre assuntos mais leves.

    Ok, a vida real não é um experimento controlado por um grupo de cientistas. Mas você pode tentar essa técnica quando quiser virar amigo de alguém. Comece por questões fáceis como gostos e preferências para conhecer os interesses da pessoa e vá, progressivamente, entrando em perguntas mais espinhosas se a pessoa der abertura. Quando você compartilha uma informação íntima com alguém, isso cria uma certa cumplicidade e faz com a que pessoa te veja como um ser falível, um igual, e aumenta as chances de querer você por perto e confiar em você no futuro.

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