Casal que deixa o dinheiro junto, permanece junto – ou, pelo menos, tem mais chance. Um estudo americano mostra a relação entre a união bancária e a felicidade conjugal.
Pessoas casadas com contas conjuntas também tendem a um relacionamento melhor com o cônjuge, brigam menos por dinheiro e se sentem melhor a respeito das finanças do lar.
O estudo acompanhou 230 casais, noivos ou recém-casados, em seus primeiros casamentos. A média de idade do grupo era de 28 anos, os casais se conheciam por cinco anos e estavam envolvidos romanticamente por três, em média.
No início, todos os participantes tinham contas de banco separadas. Então, eles foram divididos em três grupos: um teria uma conta conjunta, o outro manteria as contas separadas, e o terceiro ficou livre para decidir como bem entendesse.
Dois anos depois, os casais que tinham contas conjuntas reportaram maior satisfação e qualidade no relacionamento do que aqueles que mantiveram as contas separadas. Segundo os pesquisadores, isso é decorrente também da transparência e do alinhamento de expectativas financeiras que esse compartilhamento produz, mas o mais importante foi o sentimento de união percebido – reportado em maiores níveis por quem tinha conta conjunta.
“Um relacionamento comunal é aquele em que os parceiros respondem às necessidades um do outro. ‘Eu quero te ajudar porque você precisa’”, afirma Jenny Olsen, autora do estudo. “Existe uma perspectiva de ‘nós’. Eles frequentemente diziam que se sentiam mais ‘juntos nessa’.”
Já para os casais de contas separadas, as decisões financeiras não costumavam ser tão comunitárias, e se assemelhavam mais a trocas.
“É mais um ‘eu te ajudo porque você vai me ajudar mais tarde’”, afirma Olsen. “O que vimos mais com contas separadas era meio olho por olho. É ‘eu cuido da conta da Netflix e você paga o médico’. Ainda que com o mesmo dinheiro, eles não trabalhavam juntos como aqueles com contas conjuntas, algo mais comum em relacionamentos de negócios.”
Ter contas separadas também torna mais fácil acabar com o casamento, e a ausência de burocracia pode deixar a opção de pular fora mais atrativa para alguns. Segundo os pesquisadores, cerca de 20% dos casais participantes não concluíram o estudo, pois romperam com as relações – incluindo uma grande parte dos que tinham contas de banco separadas.