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O que é calibre?

Diferentemente do que parece, o calibre não determina sozinho a potência de uma arma

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Atualizado em 10 dez 2018, 14h54 - Publicado em 30 jun 2008, 22h00
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  • Texto Gabriel Mitani

    Em pistolas, revólveres, garruchas, carabinas, rifles e fuzis, calibre nada mais é que o diâmetro do projétil ou do cano da arma. No sistema americano e inglês, ele é medido em polegadas. Ou seja: no revólver calibre .38, o diâmetro do projétil mede 0,38 polegada. Já no sistema europeu, essa medição é feita em milímetros (o calibre do três-oitão seria de 9,65 mm).

    A exceção fica por conta da espingarda. Nesse caso, o calibre é calculado pelo número de esferas de chumbo do diâmetro do cano da arma necessário para atingir o peso de 1 libra (ou 454 g). Isso não quer dizer muita coisa: é apenas uma convenção. O importante mesmo é saber que, na espingarda, quanto menor o número do calibre, mais grosso é o diâmetro do cano.

    Diferentemente do que parece, o calibre não determina sozinho a potência de uma arma. É claro que, quanto maior o diâmetro do cano, mais grosso é o projétil. Mas o tiro de um fuzil de assalto calibre 5,56 mm, por exemplo, pode causar mais estrago que o de um revólver calibre 9,65 mm. É que a ponta do seu projétil foi feita para percorrer um longo caminho e atravessar barreiras poderosas, como portões e barras de metal. Ou seja, a escolha da arma, do calibre e da ponta do projétil depende do objetivo a ser alcançado.

    O tamanho do furo

    Veja, em tamanho real,o diâmetro de alguns projéteisque fizeram história
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    FUZIL DE ASSALTO

    Usa a bala 5,56 x 45 mm Nato, um dos projéteis que mais matam no mundo – não pela sua potência, mas por ser usado na AR-15, popular entre os traficantes do Rio.

    TRÊS-OITÃO

    Foram balas desse diâmetro que mataram John Lennon. Ainda muito usado por policiais brasileiros, é um dos calibres mais conhecidos do mundo.

    CANHÃO 190 MM

    A bala desse canhão atinge alvos a 18 km de distância. A arma exsite até hoje no museu do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

    ESPINGARDA CALIBRE 12

    É uma das mais potentes que existem. As balas dessa arma costumam ser compostas de bolinhas de chumbo, mas também podem carregar projéteis com diâmetro de 18,5 mm.

    ANTITANQUE 45 MM

    Projéteis com esse diâmetro acabavam com os tanques dos alemães na 2ª Guerra.

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    MÍSSIL M-20

    O calibre dos mísseis também é medido em milímetros. Esse foi muito usado na Guerra da Coréia.

    MÍSSIL BM-13

    Criado na 2ª Guerra pela União Soviética, é usada até hoje pelo Hezbollah.

    QUEM É QUEM

    Veja ao lado a relação de comprimento entre as balas. A maior, do canhão (em azul claro nos dois gráficos), tem1,6 m. A menor, do revólver calibre .38 (em amarelo), tem pouco mais de 3 cm.

    A ponta de bala

    A ponta dos projéteis determina sua velocidade e seu estrago
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    BOAT TAIL

    Pontiagudo, este tipo de ponta é usado em projéteis de fuzis. Tem longo alcance e perfura alvos com facilidade.

    OGIVAL PLANA

    Como não é pontiaguda, é mais lenta e pode não atravessar seus alvos. Se perfura um corpo, por exemplo, fica alojada por lá. Por isso é mais letal.

    PONTA OCA

    Quando acerta o alvo, ela se expande, destruindo tecidos e causando muita dor. Pela Convenção de Genebra, não pode ser usada como arma militar.

    OGIVAL

    É um dos tipos mais usados por policiais e militares. Não corta o ar com tanta eficiência quanto a boat tail nem é tão letal quanto a de ponta oca.

    Fogo!

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    Cartuchos de revólver e espingarda funcionam de forma parecida

    O gatilho da arma aciona o dispositivo que amassa a espoleta, provocando a queima de uma mistura detonante. O calor passa para a pólvora, que está dentro de um estojo – de plástico na espingarda e de latão no revólver. A pólvora explode e arremessa a bucha ou o projétil à frente. Na espingarda, a bucha ainda empurra os bagos de chumbo, que serão disparados juntos para depois se dispersarem.

    Fonte Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC); Creso Zanotta, engenheiro consultor da CBC; Exército Brasileiro. Ilustrações Jonathan Sarmento

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