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Os tipos de emprego com mais (e menos) qualidade de vida

Dividindo a qualidade de vida em seis categorias, a pesquisa criou ranking com os melhores (e piores) cargos, segundo a opinião dos brasileiros

Por Camila Pati, de Exame.com
26 Maio 2017, 19h19
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  • O Índice de Qualidade de Vida no Trabalho (IQVT), a ferramenta de medição online de satisfação profissional criada pela Sodexo no começo do ano, trouxe seus primeiros resultados sobre a realidade brasileira.

    A partir dos dados de percepção colhidos de mais 3,5 mil pessoas, a Sodexo informa que a nota atual geral de qualidade de vida é de 5,83, sendo 10 o máximo. Medir o seu nível de satisfação no trabalho não leva mais do que cinco minutos, no site da pesquisa.

    Esta é a primeira leva de resultados com base em amostra não controlada: pessoas de todos os tipos responderam às perguntas espontaneamente no site da Sodexo.

    A ideia é colher novos resultados a cada trimestre. Na divisão por cargo, pessoas em cargos de liderança se mostram mais satisfeitas, e predominantemente têm entre 35 anos e 54 anos, além de nível superior completo e algumas com pós-graduação. Homens são maioria. Confira a tabela:

    Cargo Índice de Qualidade de Vida (De 0 a 10)
    Presidência/diretoria/gerência/proprietário/dono 6,31
    Outros 5,93
    Professor 5,9
    Coordenação/supervisão/chefe de seção 5,77
    Empregado de áreas executivas/administrativas/ financeiras, sem atribuição de chefia 5,56
    Empregado de serviços de limpeza e manutenção 5,51
    Serviços de apoio administrativo (secretários, recepcionistas, telefonistas) 5,49
    Estagiário 5,48
    Corretor de imóveis 5,47
    Empregado de área de fabricação/operário/operador de maquinário 5,38

    Entre as hipóteses que colocam os líderes entre os mais satisfeitos do grupo pesquisado, a remuneração alta e a estabilidade profissional – mais frequentes em cargos de chefia – falam mais alto por se tratar de momento de crise, segundo Fernando Cosenza, diretor de marketing da Sodexo. “Especialmente com o desemprego rondando, não nos surpreende”, diz.

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    O grupo profissional definido que aparece em seguida é o dos professores. A heterogeneidade da profissão deve ser levada em conta já que há grandes diferenças entre ensino público e privado, por exemplo.

    Apesar de o reconhecimento financeiro ser menos frequente na carreira, a interação social e o aprendizado são aspectos bem evidentes do dia a dia de um professor. “Além disso, fora em casos extremos do ensino público, o ambiente de uma escola é, digamos, bom, se você for comparar com o de uma fábrica, uma plataforma de petróleo”, diz o diretor da Sodexo. Professor, diz ele, não dá aula de capacete.

    O ambiente, muitas vezes barulhento e com riscos de acidente, é, aliás, uma das hipóteses que pode ter influenciado a percepção negativa de qualidade de vida no trabalho entre profissionais de fábrica, o grupo dos mais descontentes segundo a pesquisa.

    “Tem também a questão da dificuldade de transporte já que muitas fábricas são afastadas do centro. Isso implica na questão de saúde e bem-estar”, diz. Com relação a idade, a pesquisa mostra que os mais jovens parece estar sendo as pessoas mais insatisfeitas.

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    As 6 dimensões da qualidade de vida

    Qualidade de vida é uma percepção variável. “Depende de valores de cada um e envolve a expectativa individual”, explica Fernando Cosenza.

    Apesar de comumente confundida com felicidade, qualidade de vida não é seu sinônimo. “Com certeza está no caminho da felicidade, mas não é a mesma coisa”, diz o diretor da Sodexo.

    A pesquisa definiu cientificamente seis dimensões que compõem a percepção de qualidade de vida para os brasileiros e estabeleceu peso diferente para cada uma delas. “O brasileiro valoriza em maior grau questões ligadas a saúde, conforto e segurança financeira, por exemplo”, diz.

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    São elas:

    Saúde e bem-estar: ligada à promoção de um modo de vida saudável, baseada em alimentação equilibrada e prática de atividades físicas.

    Facilidade e eficiência: conjunto de fatores que permitem que o bom trabalho seja feito: processos fluidos, acesso a serviços e pessoas-chave.

    Reconhecimento: iniciativas da empresa que têm o objetivo de valorizar e recompensar as pessoas.

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    Interação Social: tudo que contribui para reforçar vínculos interpessoais e facilitar o acesso à cultura e ao entretenimento.

    Crescimento pessoal: tudo que permite que um profissional aprenda e desenvolva.

    Este conteúdo foi publicado originalmente em Exame.com

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