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10 histórias bizarras que aconteceram em vilas olímpicas

O Rio de Janeiro não está tão mal assim. Fogueiras, moteis improvisados e escassez de camisinhas: já rolou de tudo um pouco

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 11h02 - Publicado em 26 jul 2016, 18h45

Junte milhares de atletas jovens (e sarados), dezenas de culturas diferentes, orçamentos de variados tamanhos e reivindicações políticas: assim nasce uma vila olímpica, onde dormem e convivem os esportistas durante os jogos. Por aqui, a Olimpíada nem começou e a vila já está dando a maior dor de cabeça – alguns australianos abandonaram o apartamento, por causa de problemas no encanamento. Mas em outras edições do evento, os alojamentos costumam ser espaços de muita loucura, violência, sexo e muitas histórias para contar. Conheça algumas delas:

1. Separadinhos

(Olimpíada de Helsinki, Finlândia, 1952)
A Olimpíada de Helsinki foi a primeira a criar uma vila olímpica moderna. Antes dela, os cômodos eram destruídos logo depois dos jogos mas, na Finlândia, foram construídos alojamentos permanentes que pudessem ser vendidos como casas normais. Se não bastasse uma vila olímpica permanente, os finlandeses precisaram organizar três: uma exclusiva para homens, outra exclusiva para mulheres e uma terceira para os soviéticos. Foi a primeira vez que a União Soviética participou de Jogos Olímpicos desde 1917 – e eles preferiram não se misturar, fazendo questão de que os atletas dos países da “Cortina de Ferro” ficassem todos juntos, bem longe dos esportistas de países capitalistas.

2. O massacre
(Olimpíada de Munique, Alemanha, 1972)
Onze atletas de Israel e um policial foram sequestrados, mantidos em cativeiro e assassinados na Vila Olímpica de Munique, em 1972. Os culpados: a Organização Setembro Negro, um grupo terrorista palestino que pedia a a libertação de mais de 200 palestinos, que estavam presos em Israel.

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3. Migo clandestino
(Olimpíada de Montreal, Canadá, 1976)
Depois do massacre em Munique, o comitê olímpico estava redobrando a segurança, principalmente dentro das habitações: além dos muros e das grades, havia guardas armados em toda a parte, e cachorros treinados para caçar intrusos. Mas, mesmo com todo esse cuidado, um cara que não estava competindo ficou hospedado na vila olímpica durante os jogos de 1976. Quem descobriu foi uma jornalista americana, que estranhou a história e perguntou como o cara havia conseguido entrar na Vila, ao que ele respondeu que era amigo dos atletas e tinhas entrado assim, de boa.

LEIA: 2 minutos para entender – Olimpíada Rio 2016

4. Abram alas

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(Olimpíada de Moscou, União Soviética, 1980)
A organização da Olimpíada de Moscou – que os EUA e outros países capitalistas boicotaram, em plena Guerra Fria – conseguiu ser relativamente econômica, porque muitos centros esportivos foram aproveitados e apenas reformados para o evento. Mas os jogos ainda foram demolidores para a cidade – literalmente. Muitos prédios do centro foram destruídos para criar espaço suficiente para a vila olímpica, composta de 18 prédios com 16 andares cada um.

5. Vila Olímpica muito louca
(Olimpíada de Inverno de Lake Placid, EUA, 1980)

No ano do boicote, as Olimpíadas de Inverno foram realizadas no mesmo ano que as de verão. Se não bastassem as tensões políticas, os atletas dormiram em uma vila com um passado bastante… agitado. O alojamento foi construído décadas antes como um sanatório para pacientes com tuberculose. Passou a ser um centro de reabilitação para dependentes químicos, depois um campo de trabalho para presos. Foi reformado para abrigar os atletas em 1980 porque ficava nas montanhas, longe da cidade, e a organização estava preocupada em proteger os atletas, ainda assustados com os atentados de Munique. Não foi o fim da trajetória estranha dessa vila olímpica: depois da competição, os prédios passaram a funcionar como a prisão Adirondack, que chegou a abrigar membros da máfia italo-americana.

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6. Os primeiros protegidos
(Olimpíada de Seul, Coreia do Sul, 1988)
Pela primeira vez, o comitê olímpico divulgou o número de camisinhas distribuídas aos atletas na Vila Olímpica: 8.500. E, pela primeira vez, o público entendeu que os esportes olímpicos não são as únicas ~atividades físicas~ que os atletas realizam durante os jogos.

LEIA: Olimpíadas bizzaras

7. A edição mais insana

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(Olimpíadas de Sidney, Austrália, 2000)
Ai, Sidney, por onde começar? No final da Olimpíada, o time de futebol feminino deu uma festa no apê da Vila olímpica, queimando nada mais nada menos que os móveis dos quartos dos atletas – e ficaram dando uns beijos em volta do fogo. Mas não foi só isso: o atleta americano Josh Lakatos estava ficando em uma casa próxima à vila olímpica. Quando sua competição – o tiro ao alvo – acabou, ele resolveu enganar o comite olímpico e ficar mais uns dias, aproveitando o resto da Olimpíada. O que ele não esperava era que a notícia de uma casa vazia se espalhasse tão rapidamente pela vila olímpica: no dia seguinte, a casa se tornou uma espécie de motel dos atletas.

Ah, e para fechar, acabaram as camisinhas distribuídas na Vila Olímpica: os atletas gastaram 70 mil preservativos, o que fez com que o comitê tivesse de pedir mais 20 mil (que também esgotaram no fim dos jogos).

8. Até pifou
(Olimpíada de Londres, Inglaterra, 2012)

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Se Sidney teve um dos jogos mais famosos pela pegação, Londres não ficou atrás. Os atletas chegaram na cidade, tradicionalmente, uma semana antes do início da competição. E abalaram os servidores do aplicativo Grindr (tio do Tinder, tradicionalmente usado para paquera entre homens gays). O aplicativo saiu do ar por 24 horas por conta do excesso de uso na cidade e o fundador da empresa, Joel Simkhai, chegou a pedir desculpas aos usuários por atrapalhar sua vida pessoal.

LEIA: Uniforme de gala das Olimpíadas saiu direto da Grande Família

9. Desventuras em Série
(Olimpíada de Inverno de Sochi, Rússia, 2014)
Quem planejou a vila olímpica do Rio não aprendeu nada com as Olimpíadas de Inverno em Sochi, na Rússia. Faltou água e não havia quartos suficientes para os participantes. Privacidade, então, era artigo de luxo. Os atletas e jornalistas foram para o Twitter publicar as bizarrices que encontraram: portas sem maçaneta, privadas-gêmeas e água na torneira que já vinha em tons de amarelo-ouro.

10. Tá liberado! 
(Olimpíada do Rio de Janeiro, Brasil, 2016)
Os apartamentos da nossa vila olímpica podem até não ser da melhor qualidade, mas temos certeza que os atletas dessa Olimpíada estarão bem protegios – pelo menos, no quesito sexo. O Rio bateu o recorde do número de camisinhas distribuídas pelas habitações: são 350 mil preservativos, além de 100 mil camisinhas femininas e 175 pacotes de lubrificante, uma conta que dá mais ou menos 42 preservativos por atleta.

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