Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: Assine a partir de 9,90

Brasileiro comprou mais livros na pandemia – distopias subiram no ranking

As vendas de ficção subiram 41,4% entre o começo do ano passado e o deste ano – escapar da realidade se tornou atraente no isolamento social.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 abr 2021, 12h33 - Publicado em 30 abr 2021, 11h59

O brasileiro está lendo mais durante a pandemia – ou, no mínimo, comprando mais livros. (Se eles são mesmo lidos, é outra história. Existe até uma palavra em japonês para quem passa o rodo na livraria e não dá conta de ler tudo depois: tsundoku, que mistura “empilhar” e “ler”. Uma boa tradução do neologismo é “empiler”.)

As vendas de livros em março de 2021, em relação a março de 2020 – quando eclodiu a pandemia no Brasil –, aumentaram 38,38% em número de exemplares e 28,46% em faturamento. Os números vêm do Painel do Varejo de Livros, relatório produzido pela Nielsen – uma empresa que gera dados para o mercado editorial – e divulgado pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel)

Um dado interessante é o aumento de 41,4% nos exemplares de ficção vendidos entre os três primeiros meses de 2020 e o mesmo período em 2021. Uma análise informal dos rankings de mais vendidos do site PublishNews e da Veja mostra que 1984 e A Revolução dos Bichos, de George Orwell, estão firmes nas vendas ao longo da pandemia, bem como o O Conto da Aia, de Margaret Atwood.

Encontrar distopias em meio aos campeões de vendas mais óbvios, como Stephenie Meyer e Neil Gaiman, mostra que nem só de escapismo vive o cidadão exausto com o isolamento social. A polarização na política brasileira, a pandemia digna de filme-catástrofe e a crise econômica mundial deixaram o leitor curioso com os rumos que o mundo pode tomar.

Devemos olhar os dados com cuidado, é claro: em março do ano passado, o respeito ao isolamento social nas grandes cidades atingiu um patamar que não se repetiu mais. As lojas ficaram fechadas e o público pisou no freio com as compras. Seria improvável as editoras repetirem um desempenho tão desolador nas vendas um ano depois.

Continua após a publicidade

O mercado editorial se recuperou do baque pandêmico no segundo semestre de 2020. Além das ficções de tom lúgubre, a alta pegou carona em títulos de autoajuda, em volumes que discutem feminismo e racismo e, por fim, na série de livros que inspirou a série Bridgerton. 

A migração das vendas para a internet e o grande número de promoções (o desconto médio aplicado sobre os preços foi de 16,84% a 24,98% em um ano) fez com que o número de exemplares vendidos crescesse mais que o faturamento. O preço médio de cada exemplar caiu de R$ 45,56 para R$ 42,29.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 5,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$5,99/mês.