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Conheça a história de “Cem Anos de Solidão”, que vai virar série na Netflix

A obra-prima de Gabriel García Márquez é uma das mais importantes da América Latina, mas o escritor nunca permitiu que ela fosse adaptada... Até agora.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 21 jan 2023, 16h49 - Publicado em 7 mar 2019, 17h45
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  • Na última quarta (6), a Netflix anunciou que vai transformar em série o livro Cem Anos de Solidão, obra-prima do escritor colombiano Gabriel García Márquez lançada em 1967 e um dos romances mais importantes da América Latina.

    O serviço de streaming conseguiu o que Márquez negou durante anos: uma adaptação da obra, lançada em 1967. Vai ser a primeira vez que a história ganha uma versão audiovisual. Os filhos do escritor, Rodrigo e Gonzalo García, aceitaram a proposta da empresa e atuarão como produtores executivos da série, que será gravada na Colômbia e falada em espanhol.

    https://twitter.com/NetflixLAT/status/1103294410429685760

    O idioma original na adaptação era uma exigência do próprio escritor. Segundo o jornal The New York Times, a Netflix já havia tentando comprar os direitos da obra, e só conseguiu convencer a família de Márquez após os sucessos de Narcos Roma, produções faladas em espanhol e que retratam a cultura latina.

    Qual é a história do livro?

    Cem Anos de Solidão possui mais de 50 milhões de exemplares vendidos e já foi traduzido para 46 línguas diferentes. O livro se passa no vilarejo fictício de Macondo (que muita gente acredita ser inspirado na terra natal de Márquez, Aracataca) e acompanha a longa trajetória da família fundadora da cidade, os Buendía.

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    A história é construída a partir do realismo fantástico, corrente literária que mescla realidade com elementos mágicos e que é particular à literatura latino-americana.

    Márquez, vencedor do Nobel de Literatura em 1982, constrói uma complexa árvore genealógica de personagens: são sete gerações da família Buendía e uma porção de nomes repetidos. Mais de 30 dos nomes usados pelo autor na obra aparecem mais de uma vez. São 20 (vinte!) Aurelianos e mais um bocado de José Arcádios. Haja memória e concentração do autor para lembrar quem é quem.

    Nada, claro, é por acaso: a repetição de nomes e de características conforme as gerações avançam dão a impressão de uma narrativa cíclica. Cada membro da família tem o seu destino traçado com base na sua origem – condição que representa os problemas da América Latina que Márquez quis retratar.

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    A saga para publicá-lo

    A história da publicação de Cem Anos renderia facilmente outro livro. Tudo começou em 1965, quando Márquez e sua esposa, Mercedes Barcha Pardo, se mudaram da Colômbia para o México. O escritor, que havia trabalhado a vida toda em jornais, queria dedicar um semestre para escrever o romance.

    No entanto, o plano não deu muito certo. Márquez precisou do triplo de tempo para terminar a obra, o que deixou o casal apertado em dívidas. Para piorar a situação, nenhuma editora mexicana ou colombiana manifestou interesse em publicar o livro.

    A salvação só aconteceu em Buenos Aires, onde a empresa Sudamericana, decidiu investir no romance, que foi impresso em maio de 1967. Na época, a capital argentina era um importante polo cultural, e Cem Anos de Solidão acabou repercutindo na Europa e nos EUA.

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    O sucesso foi imediato, sobretudo na América Latina. Reza a lenda que a primeira remessa de exemplares enviada para a Colômbia mal chegou às livrarias. Ao chegarem no país, os funcionários da alfândega aceleraram o processo de importação e compraram todas as cópias que chegaram por lá.

    Apelidado carinhosamente de Gabo, Márquez, que morreu em 2014, foi um dos responsáveis por difundir a cultura latina para o mundo. Fazer uma adaptação à altura do seu legado é o desafio que a Netflix precisará cumprir.

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