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Conheça as religiões das Crônicas de Gelo e Fogo

A noite pode ser escura e cheia de terrores no Mundo Conhecido. E, para acalmar as almas, orações, honrarias e sacrifícios nunca são demais.

Por Lorena Dana
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 29 jun 2015, 19h15
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  • A FÉ DOS SETE

    Alto pardal

    Há milhares de anos, o continente de Westeros foi colonizado pelos ândalos, invasores do litoral de Essos. Fiéis a uma divindade chamada de Os Sete, eles criaram templos de adoração (septos) por todo o sul do território conquistado. Seus sacerdotes oram a cada uma das faces: o Pai, que representa julgamento; a Mãe, que representa maternidade e piedade; a Velha, sabedoria; o Ferreiro, dons e trabalho; a Donzela, inocência e castidade; o Guerreiro, força em combate; e o Estranho, a morte e o desconhecido. Sob a doutrina da Estrela de Sete Pontas, a bíblia dessa religião, Vilavelha se tornou o centro da fé no mundo. Foi a partir do Septo Estrelado que os Altos Septões comandaram as primeiras espadas da Fé Militante (uma espécie de ordem dos templários), converteram féis de Dorne até o Gargalo e edificaram a religião mais popular de Westeros. 

    DEUSES ANTIGOS

    Arvore - GOT

    Os Filhos da Floresta, primeiros habitantes de Westeros, veneravam incontáveis espíritos da natureza. Seus locais de adoração eram bosques com represeiros, árvores cujos troncos eram esculpidos em forma de rostos. Quando os Primeiros Homens chegaram ao continente, oprimiram os povos nativos, bem como aboliram suas crenças espirituais. No entanto, o culto aos deuses antigos permaneceu enraizado no Norte. Prova disso é que, em Winterfell, três acres de terra são destinados apenas para um bosque sagrado. 

    DEUS MISTERIOSO DE NORVOS

    O deus de Norvos, uma das Cidades Livres de Essos, só revela seu nome para os iniciados de uma seita secreta. Seus sacerdotes barbudos se vestem de tecidos ásperos e couros não curtidos e praticam rituais de fagelação. Desde sua fundação, Norvos é uma teocracia. As ordens são enviadas pelo deus diretamente dos templos-fortalezas, nos quais apenas verdadeiros crentes podem entrar.

    DEUS CEGO

    Boash, o Deus Cego, era cultuado na cidade livre de Lorath, ao norte de Essos. Seus adoradores eram descendentes da Cidade Franca de Valíria e rejeitavam carne, vinho e calçados. Os sacerdotes eunucos, que usavam vendas nos olhos, pregavam que toda vida era sagrada e eterna e que homens e mulheres eram iguais, independentemente dos níveis de riqueza, liberdade ou nobreza. Atualmente, a crença está extinta. 

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    DEUS AFOGADO

    Os nascidos na Ilha de Ferro acreditam que vieram dos salões molhados do Deus Afogado, o criador dos mares, que os fez à imagem e semelhança e deu domínio sobre todas as águas da terra. Essa divindade não tem templos, livros sagrados ou ídolos esculpidos. No geral, seus sacerdotes itinerantes são malvestidos, despenteados e iletrados, andam descalços, só se banham no mar e comem apenas peixe. Senhores e camponeses são obrigados a lhes dar comida e abrigo. O Deus Afogado possui um inimigo, o Deus da Tempestade – um ser maligno que vive no céu e odeia os homens. Ele envia ventos e chuvas que chicoteiam. Trovões e relâmpagos são a prova de sua ira.

    R’HLLOR

    Melisandre

    Apesar de não ser muito conhecido em Westeros, o culto ao Senhor da Luz é bastante comum em Essos. Os seguidores de R’hllor, o Deus Vermelho, esperam a vinda de um salvador: o herói Azor Ahai renascido, que empunhará a espada Luminífera e salvará o mundo da escuridão. O Templo do Senhor da Luz, na Cidade Livre de Volantis, provavelmente é o maior do mundo, pois tem três vezes o tamanho do Grande Septo de Baelor, em Porto Real. Todos que servem nos templos de R’hllor são escravos, geralmente comprados quando crianças e treinados para se tornarem sacerdotes, prostitutas do templo ou guerreiros. 

    CABRA NEGRA

    Qohor, na região central de Essos, é conhecida como a Cidade dos Feiticeiros, pois dizem que adivinhação, magia de sangue e necromancia são praticadas ali. O deus sombrio de Qohor, conhecido como Cabra Negra, exige sacrifícios de animais – como bezerros e cavalos. Mas, em dias sagrados, criminosos condenados também são oferecidos. 

    SENHOR DA HARMONIA

    O deus das Ilhas Naath, ao sul de Essos, é chamado de Senhor da Harmonia. Geralmente, é representado como um gigante risonho, barbudo e nu, cercado de mulheres com asas de borboleta. Uma centena de variedades de borboletas vive na ilha – os naathi as reverenciam como mensageiras do Senhor, encarregadas da proteção do povo.

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    DEUSES DAS ILHAS DE VERÃO

    Dezenas de deuses são cultuados nas Ilhas de Verão, ao sul de Westeros, mas há uma predileção às divindades do amor, da beleza e da fertilidade. Como a união do masculino e do feminino é considerada sagrada, os ilhéus acreditam que honram seus deuses ao praticar atos eróticos. Por causa disso, todos eles passam um tempo da vida nos templos do amor, fazendo sexo com quem os deseje.

    DEUSES-IMPERADORES

    Yi Ti, nos confins de Essos, é uma região governada por deuses-imperadores. Conta-se que o primeiro deles, chamado Deus-na-Terra, era o único flho do Leão da Noite e da Donzela Feita-de-Luz. Ele viajava sobre um palanquim feito de pérola, carregado por 100 esposas. Após mil anos de governo, ele teria ascendido aos céus. Os deuses imperadores de hoje seriam seus descendentes diretos.

    DEUS GARANHÃO

    Os dothrakis não veneram deuses específcos. Na cidade de Vaes Dothraki, no centro de Essos, é comum ver ídolos roubados pelas ruas, mas não existem relatos de honrarias a eles. Os membros dos khalasares acreditam que um dia todos se juntarão sob o estandarte de um grande khal, que conquistará tudo, o “garanhão que monta o mundo”.

    O DEUS DE MUITAS FACES

    Arya Stark

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    É a divindade cultuada pela guilda de assassinos dos Homens sem Rosto. No santuário de Braavos, conhecido como A Casa do Preto e Branco, há estátuas de 30 deuses diferentes, como o Estranho, o Leão da Noite e a Cabra Negra. De acordo com a crença, todos eles representam o mesmo ser espiritual. 

    DEUSES DE VALÍRIA

    Antes da Perdição, evento que destruiu todo o território dos senhores de dragões, cerca de mil deuses eram honrados em Valíria. No entanto, seus habitantes não temiam nenhum deles. Por serem ateus, quando os Targaryen conquistaram Westeros, passaram por sérios confitos religiosos, principalmente em relação à Fé nos Sete. O incesto, por exemplo, prática comum da Casa Targaryen, era visto como um pecado vil e os filhos de tais uniões eram considerados abominações aos olhos dos deuses e dos homens. Além disso, certa vez, um profeta chamado Pastor convenceu os féis de Porto Real que os dragões eram demônios. Movidos pela fúria, seus seguidores mataram cinco dragões. As investidas dos adoradores dos Sete, contudo, não intimidaram os descendentes de Valíria. Houve, por exemplo, uma ocasião em que o rei Maegor mostrou sua soberania frente aos religiosos ao montar o dragão Balerion e incendiar o Septo da Memória. O templo estava lotado para as orações matinais e centenas de pessoas morreram. 

     

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