Skates voadores, viagens intergalácticas, inteligência artificial, monolitos lunares, máquinas do tempo, carros voadores, hologramas, tarefas automatizadas. A arte de imaginar o futuro já rendeu histórias incríveis – e, em muitas ocasiões, foi assustadoramente precisa. Sendo lar de um dos pioneiros do futurismo, o escritor Júlio Verne (que previu a existência de viagens espaciais, submarinos, helicópteros e satélites), era de se imaginar que os franceses fossem particularmente competentes em adivinhar o que estava por vir. Foi em 1865 que Verne lançou Da Terra à Lua, livro em que aventureiros franceses resolvem lançar um projétil tripulado rumo ao satélite – obra que inspiraria o icônico curta-metragem Viagem à Lua (1902), de Georges Méliès – e que descreve um cenário parecidíssimo com o que rolou, na realidade, com o projeto americano Apollo, em 1969. Mas, ao que tudo indica, a ideia de explorar outros astros não impressionava tanto os artistas (ou um grupo de artistas franceses) do final do século 19.
A tomar por A França no ano 2000 – série de ilustrações futuristas produzidas por Jean-Marc Côté e outros ilustradores nos anos de 1899, 1900, 1901 e 1910, publicadas em caixas de cigarro e depois como postais – eram as experiências aeronáuticas e o Náutilus de Vinte Mil Léguas Submarinas (obra de Verne publicada em 1870) que apontavam em uma direção mais parecida com o futuro imaginado então na França.
Via Open Culture