1. Treine os ouvidos
![SI_459_ORCL_MANUAL_1_layout_site Ilustração de menina tocando piano.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/01/SI_459_ORCL_MANUAL_1_layout_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Um jazz tem uma melodia principal, que se repete ao longo da faixa. É como se fosse o tema da “conversa” que os instrumentos terão entre si – os solos improvisados de cada músico são suas contribuições para esse diálogo. Cantarolar a melodia-base vai te ajudar a memorizá-la e a perceber como o resto da música se constrói em torno dela.
2. O ponto de partida
![SI_459_ORCL_MANUAL_2_layout_site Ilustração de banda de jazz.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/01/SI_459_ORCL_MANUAL_2_layout_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Comece pela era do swing, entre os anos 1930 e 1940, período em que o jazz foi a música pop dos EUA. Quem comandava o show eram as big bands: grupos formados por até 25 artistas que tocavam música de baile, contagiantes e fáceis de ouvir. Vale também escutar Robert Johnson, um dos padrinhos do blues, um estilo fundador do jazz.
3. Sax, piano e groove
![SI_459_ORCL_MANUAL_3_layout_site Ilustração do álbum de jazz Out to Lunch atras de um toca-discos.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/01/SI_459_ORCL_MANUAL_3_layout_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Pule para os anos 1950 e ouça soul jazz. Ele nasceu de outro subgênero (o hard bop) e tem influências do R&B, da música gospel e, claro, do soul. Preza pela clareza e simplicidade, com poucos acordes e uma levada rítmica que, às vezes, lembra a do rock clássico. Mergulhe nos álbuns da gravadora Blue Note, que consagrou o estilo.
4. Level hard
![SI_459_ORCL_MANUAL_4_layout_site Ilustração da tela do aplicativo Tinder com retrato de uma mulher e o album My Favorite Things dando](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/01/SI_459_ORCL_MANUAL_4_layout_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Não é preciso manjar de teoria musical para gostar de jazz. Mas seguir a cronologia e conhecer os diferentes estilos é importante para que você seja capaz de perceber a complexidade por trás de álbuns que quebraram os padrões tradicionais do jazz e, por isso, viraram marcos (como o Giant Steps, de John Coltrane, que soa quase futurista).
Para saber mais
– Nos improvisos de jazz, um elemento marcante é a “pergunta e resposta” – uma alternância entre melodias que geram tensão (a pergunta) e que aliviam a tensão (a resposta).
– Para entender a estrutura da música, preste atenção nas bases tocadas pelo piano ou a guitarra (os conjuntos de notas chamados acordes). Esse é o chassis sobre o qual se constrói a peça.
– Da era do swing, comece ouvindo Splanky, Basie at Birland e Ella and Basie – três álbuns da Count Basie Orchestra. No soul jazz, parta de Alligator Bogaloo (Lou Donaldson) e Think (Lonnie Smith).
– Não curtiu aquele jazz mais cabeça? Tudo bem. No fim, vale ouvir o que te emociona. Do jazz fusion de Miles Davis ao smooth jazz de George Benson, há uma porção de estilos para você explorar.