1 – Pense se vale a pena
![SI_443_ORCL_manual001 Ilustração de uma pessoa deitada em um tapete, abraçada em um disco cuja capa é o The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Para ouvi-lo, ela usa headset, conectado à vitrola. Há notinhas musicais em volta.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/09/SI_443_ORCL_manual001.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Colecionar discos de vinil é um hobby caro: os mais vendidos no site da Amazon custam uns R$ 200. E a qualidade do som não é necessariamente maior. Streaming de boa qualidade (320 kbps) passa até pelo crivo de audiófilos radicais.
A graça é o fetiche com o objeto e com a mecânica da reprodução sonora. Os apreciadores costumam reservar um tempo para ouvir as músicas com calma, ler a ficha técnica de cada faixa, admirar o encarte… Se não for a sua praia, fique só com o streaming.
2 – Bico de arqueólogo
![SI_443_ORCL_manual002 Ilustração de uma pessoa garimpando discos em um ambiente que remete bazares e sebos, com várias caixas cheias de LPs. A pessoa está de olho em um disco específico, da Janis Joplin, e o avista com um binóculo.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/09/SI_443_ORCL_manual002.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Garimpe sebos e lojas especializadas. Bazares beneficentes e vendas de garagem costumam ter discos raros por preços mais atraentes. Para saber se o achado está em boas condições, use a lanterna do celular para procurar por ranhuras e passe o dedo nelas. Se sentir alguma saliência, o LP vai dar problema.
3 – A vitrola
![SI_443_ORCL_manual003 Ilustração de uma bancada com uma vitrola em cima tocando música. Há elementos em volta, como um porta-retrato dos Beatles e um headset. Na parede, posters do David Bowie e AC/DC, além de uma guitarra pendurada.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/09/SI_443_ORCL_manual003.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Há dois caminhos: comprar um equipamento antigo (ótimos na fidelidade do som, mas que costumam precisar de reparos) ou um novo. Preste atenção se o modelo tem opções como velocidade de rotação, contrapeso e antitasking – os dois últimos estão relacionados ao braço e à agulha, o que ajuda a evitar riscos.
4 – Xô, poeira
![SI_443_ORCL_manual004 Ilustração de mãos lavando um disco de vinil com esponja e sabão neutro, formando espuma. Ao lado, um escorredor de pratos, com vários LPs apoiados, secando.](https://gutenberg.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/09/SI_443_ORCL_manual004.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
Para conservar os discos, lave-os com sabão neutro, usando sempre o lado macio da esponja. Depois, enxague em água corrente e deixe secar. Troque os plásticos interno e externo do LP (dá para comprar embalagens novas pela internet), guarde-os longe do sol e na vertical – empilhá-los pode fazer com que os discos entortem com o tempo.
Para saber mais
Torne-se um discófilo
– Para saber se o preço do disco é justo, acesse o Discogs, loja com 14 milhões de LPs. A plataforma permite que você encontre qualquer edição de um vinil e o preço praticado.
– Cada tipo de LP possui a sua velocidade de rotação por minuto (RPM). Os discos de 12 polegadas, tamanho clássico, rodam em 33 RPM; os de 7, com menos músicas, em 45 RPM.
– Para limpar vitrolas, use um pano úmido para tirar o pó. Não toque nas agulhas – isso vai engordurá-las, o que prejudica seu funcionamento. Limpe-as com um pincel macio.
– Por falar em agulhas, saiba que elas têm vida útil. Faça o teste: coloque um vinil para tocar e aumente o volume. Se o som distorcer muito, é hora de trocar.
Consultoria: Bento Araújo (@poeirazine), escritor, podcaster e colecionador de discos.