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No Doodle de hoje, você compõe a música e Bach faz o arranjo

A Google usou inteligência artificial para analisar 306 peças do alemão – e agora transforma melodias aleatórias em peças que soam como as do gênio.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 mar 2019, 19h24 - Publicado em 21 mar 2019, 19h23
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  •  (Google/Reprodução)

    Johann Sebastian Bach faria aniversário hoje. Para comemorar, a Google deu gás tecnológico em sua obra barroca. A compositora Anna Huang – que trabalha com inteligência artificial e tem passagens pelo MIT e Harvard no currículo – criou um programa de computador chamado Coconet para analisar 306 peças compostas por Bach para corais com quatro vozes. O Coconet, após destrinchar os exemplos, começou a chegar às suas próprias soluções de arranjo.

    O Coconet foi então incorporado a um doodle – aquelas alterações temporárias que a Google faz em seu próprio logo para comemorar o aniversário de algum cientista ou artista. Você pode ver o doodle de Bach clicando aqui, se ainda for dia 21. Se não for, é possível acessá-lo no arquivo de doodles, que fica aqui.

    No doodle, você escreve dois compassos de uma partitura. Não importa que você não entenda nada de música e escolha notas aleatórias. Essas notas vão representar a mais aguda das quatro vozes do coral, o soprano. O que o Coconut faz é criar automaticamente outras três melodias, mais graves, que vão interagir com a melodia que você escreveu e dar contexto a ela. Essas vozes são chamadas alto, tenor e baixo. No print screen abaixo, elas estão representadas respectivamente pelas cores vermelha, verde e azul. 

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    (Google/Reprodução)

    O Coconut é capaz de transformar qualquer testada no teclado em dois compassos de música bastante coerente. A maneira como as notas escolhidas pelo Coconut vão interagir com as notas que você escolheu dará origem a acordes (isto é, combinações de três ou mais notas), e é a maneira como esses acordes são encadeados que fornece o contexto à melodia.

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    O Coconut tem esse talento todo porque ele foi treinado – como se fosse um cãozinho, mesmo – para recriar os arranjos do próprio Bach a partir de fragmentos. Isso é feito por meio de uma técnica chamada machine learning. É a primeira vez que um doodle opera usando inteligência artificial.

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    Nas palavras da Google, “Machine learning é o processo de ensinar um computador a chegar a uma solução para um problema mostrando a ele muitos exemplos, em vez de dar a ele uma sequência de regras para seguir, como é feito na programação de computadores tradicional.” O Coconet é treinado do jeito difícil: os pesquisadores exibem a ele trechos de partituras do Bach com notas faltando, e ele tenta adivinhar que notas são essas. Com o tempo, ele dá palpites cada vez mais certeiros.

    Quem se interessa por música e (ou) ciências da computação pode ler este post, em que Huang explica como, exatamente, o programa funciona. A SUPER adverte: é só para os cabeçudos.

     

     

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