53 filmes receberam ao menos uma indicação nas 23 categorias do Oscar 2024, que acontece no dia 1o de março, a partir das 19h (horário de Brasília). Conheça um pouco mais sobre as produções que não chegaram a ser blockbusters.
Saída à francesa
É a primeira vez que três indicados a Melhor Filme são dirigidos por mulheres: Vidas Passadas (Celine Song), Barbie (Greta Gerwig) e o francês Anatomia de uma Queda (Justine Triet). O filme de Triet levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e seria um forte candidato a Melhor Filme Internacional, mas a França não o escolheu como seu representante. Em vez disso, selecionou O Sabor da Vida – que não conseguiu uma vaga na categoria.
Você pode entender melhor o caso de Anatomia de Uma Queda neste texto da Super.
Sem tecla SAP
Lily Gladstone, de Assassinos da Lua das Flores, tornou-se a segunda indígena a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz (a primeira foi a mexicana Yalitza Aparicio em 2019, por Roma). Gladstone viveu até os 11 anos de idade na reserva da tribo Blackfeet. Foi dela a sugestão para que a maioria dos diálogos de sua personagem, Molly, fosse na língua dos Osage – povo cujo genocídio é o tema do filme dirigido por Martin Scorsese.
A casa do Holocausto
O diretor britânico Jonathan Glazer levou dez anos para produzir Zona de Interesse, indicado a cinco Oscars (entre eles, o de Melhor Filme). Fez diversas visitas a Auschwitz para contar a história do Holocausto sob um recorte incomum: o da família de Rudolf Höss, oficial nazista que comandava o campo de concentração. Eles viviam em uma casa de campo nas redondezas – e empregavam prisioneiros judeus.
Perdeu, Mickey
A Disney comprou a Fox em 2019. No pacote, adquiriu Nimona, sobre uma adolescente capaz de se transformar em várias criaturas. Executivos da empresa, contudo, discordavam da temática LGBTQ+ do projeto (em especial, um beijo entre dois personagens do mesmo sexo) e o cancelaram. Em 2022, a Netflix e o estúdio Annapurna resgataram o filme, que estreou em 2023 – e, agora, concorre a Melhor Animação.
Pacote furado
A criação do Cheetos superpicante. Essa é a premissa inusitada de Flamin’ Hot, que concorre em Canção Original (e está disponível no Star+). É baseado na autobiografia de Richard Montañez – ele teria inventado o sabor (o tal flamin’ hot) quando era zelador numa fábrica da Frito-Lay. Mas há um furo: segundo uma investigação do Los Angeles Times, que entrevistou dezenas de ex-funcionários da empresa, não há registro de que Richard tenha criado o salgadinho.