Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Gafanhoto é encontrado preso em pintura de Van Gogh

O inseto passou 128 anos aprisionado na tinta do quadro “As Oliveiras”, até que uma restauradora dos EUA revelou seu fóssil

Por Guilherme Eler
Atualizado em 10 nov 2017, 18h38 - Publicado em 10 nov 2017, 18h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Van Gogh é um daqueles poucos pintores que até um leigo consegue reconhecer logo de cara. Em meio a pinceladas firmes e traços rápidos, o holandês colocava na tela sempre grandes quantidades de tinta a óleo. Tudo intencional: a opção criava certa profundidade nas obras, fazendo suas paisagens impressionistas ganharem um efeito de relevo. Por conta da espessura das tintas, era normal que os seus quadros tivessem várias camadas que, hoje, são escavadas e analisadas por especialistas do mundo todo.

    Um desses trabalhos de restauração revelou que um item pouco comum se manteve escondido por mais de um século em uma das últimas criações de Van Gogh. O relevo do quadro “As Oliveiras”, pintado em 1889, não é causado só pela tinta: debaixo de todas as camadas existe restos de um exoesqueleto de queratina, que antigamente pertencia a um gafanhoto. Quem descobriu o cadáver foi Mary Schafer, restauradora do Museu de arte Nelson-Atkins de Kansas, nos EUA. “A primeira impressão que tive é que se tratava de uma folha”, contou Schafer ao site LiveScience. “Mas, aí, deu para ver que se tratava de um insetinho”.

    É provável que você, leitor, esteja agora tentando apontar na imagem do post onde está o calombo causado pelo inseto. O local exato, porém, não é visível a olho nu. A tinta consegue cobrir tudo, então só é possível enxergar o “fóssil” de gafanhoto com a ajuda de microscópio eletrônico.

    gafanhoto

    Sabe-se que o bicho já estava morto quando caiu na obra. A afirmação é de Michael S. Engel, professor de ecologia e biologia evolutiva da Universidade do Kansas contratado pelo museu especialmente para o caso. O motivo? Simples. A análise de Engel provou que o tórax e o abdômen do bicho não estão por lá. Além disso, não há sinais de movimento nos arredores de sua cova. Se o gafanhoto ainda tivesse vida, provavelmente teria se debatido para sair da prisão colorida que se meteu.

    Continua após a publicidade

    Embora restos mortais de inseto não sejam itens obrigatórios das pinturas do século 19, não dá para dizer que era algo impossível de aparecer. Como bom pintor de cenários naturais, Van Gogh adorava trabalhar ao ar livre. Mas segundo relatos da época, as adversidades da vida fora do ateliê eram uma verdadeira pedra no sapato do artista. “Eu devo ter pego algumas centenas de moscas nessas 4 telas que estou te enviando, sem contar a poeira e areia…”, confessou, em uma carta escrita para seu irmão e melhor amigo Theo em 1885.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.