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Neandertais tinham “fábrica de processamento de gordura” há 125 mil anos

A técnica era usada para extrair mais nutrientes e calorias dos ossos. Nova pesquisa indica que a prática existia 100 mil anos antes do que se imaginava

Por Maria Clara Rossini
2 jul 2025, 16h00

Um cachorro de rua passa na frente de um boteco e ganha uma costela. Provavelmente, o animal irá roer o osso para extrair o máximo de gordura e nutrientes – afinal, ele não sabe quando será sua próxima refeição. Os neandertais faziam uma versão mais sofisticada disso, usando ferramentas para abrir e raspar as carcaças de animais.

Um estudo publicado na Science Advances sugere que os neandertais processavam ossos em larga escala há 125 mil anos, na região onde hoje fica a Alemanha. A data corresponde ao Paleolítico, mais especificamente ao período quente e úmido que ocorria entre as eras glaciais.

A descoberta dessa “fábrica de gordura”, como escrevem os autores do estudo, indica que os hominídeos estavam praticando a intensificação de recursos bem antes do que se imaginava. Isso teve um papel crítico para a sobrevivência e evolução do gênero Homo: em um contexto de escassez, mais calorias significa maior longevidade e capacidade de reprodução.

 Até então, os registros mais antigos e sistemáticos desse tipo de prática datavam de 28 mil anos atrás, quando os neandertais já estavam extintos. Agora, pesquisadores do centro de pesquisa arqueológica Monrepos apresentam evidências 100 mil anos mais antigas, encontradas no sítio de Neumark-Nord (NN2/2B).

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(Kindler, LEIZA-Monrepos/Reprodução)
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Os pesquisadores analisaram os restos mortais de 172 grandes animais – como cavalos, cervos e bovinos – além de mais de 16.500 artefatos de pedra e que indicam uso de fogo no local. O estudo sugere que os neandertais transportaram as carcaças dos animais para uma área de 50 metros quadrados, onde seus ossos foram triturados para a extração de gordura.

“A evidência do NN2/2B constitui o caso mais antigo e claro de graxaria intensiva [ato de extrair gordura de resíduos] já documentado no Paleolítico”, escrevem os autores.

 

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