Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que aconteceria se o voto nulo ganhasse as eleições?

A diferença básica entre brancos e nulos é que os nulos podem invalidar a eleição e forçar um novo pleito.

Por Raquel Cozer
19 Maio 2024, 18h00

Guerra? Tumulto? Que nada: os votos nulos até podem melar eleições se chegarem a mais de 50% do total, só que a Lei Eleitoral exige um novo pleito. Deve rolar outra votação entre 20 e 40 dias depois, com os mesmos candidatos. E isso vale tanto em eleições para o Executivo como para o Legislativo.

Já se os nulos chegarem na frente sem passar dos 50%, não acontece nada. Num eventual 2º turno, eles também não contam. Mesmo se um candidato levar por dois votos a um, está valendo – os nulos acabam subtraídos do resultado final, do mesmo jeito que os votos em branco.

A única diferença entre brancos e nulos, aliás, é justamente a chance de estes últimos invalidarem a eleição. “Em tese, o branco significa aceitação, tipo: ‘Qualquer candidato está valendo’. E o nulo é de quem diz ‘Nenhum candidato merece meu voto’”, diz o cientista político Carlos Melo, da Faculdade Ibmec São Paulo.

Nos tempos pré-urna eletrônica, quando os eleitores podiam escrever na cédula, os descontentes tinham como mostrar quem “merecia” mesmo seus votos. Em 1958, por exemplo, o grande nome das eleições para vereador em São Paulo foi um rinoceronte, o Cacareco.

Ele já freqüentava as colunas sociais desde a inauguração do Zoológico de São Paulo, e ganhou destaque na política pelas mãos do então bairro de Osasco, que brigava para se tornar uma cidade. O chifrudo ficou em 1º, com 100 mil votos, e virou até um brinquedo, lançado pela Estrela. Seu slogan era “melhor votar em um rinoceronte do que em um asno”.

No Rio, 30 anos depois, foi a vez de outro ilustre mamífero: o macaco Tião, batizado em homenagem a São Sebastião. Lançada pela revista de humor Casseta Popular, a candidatura do chimpanzé à prefeitura rendeu um imponente 3° lugar – foram 400 mil votos, ou 9,5% do total. Tião virou lenda quando lançou cocô no prefeiro do Rio de Janeiro na época, Júlio Coutinho, em uma visita ao zoológico.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.