Apesar dos avanços tecnológicos, os robôs à la Arnold Schwarzenegger devem permanecer no campo da ficção científica, pelo menos por enquanto, devido a uma série de limitações técnicas. Uma delas é a fonte de energia. “Desenvolver uma bateria pequena e durável é um dos maiores desafios para fazer um robô passar por ser humano”, diz o físico Reinaldo Bianchi, do Centro Universitário da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial). Outro problema é aperfeiçoar o movimento mecânico. Já existem hoje robôs que andam e sobem escadas com certa naturalidade, mas movimentos como correr e saltar estão longe da realidade. Falta ainda desenvolver a inteligência artificial e a autonomia, ou seja, a capacidade do robô de resolver problemas por conta própria, por tentativa e erro. Quem quiser criar seu próprio exterminador precisará também de muito dinheiro para juntar no andróide todas as habilidades já desenvolvidas pela robótica.
“Coisas como o reconhecimento facial e de voz, a fala, a visão, a movimentação humanóide e o comportamento autônomo são áreas exploradas em pesquisas independentes, pois o custo de fazer tudo junto ainda é muito alto”, diz a engenheira eletrônica Anna Helena Reali, da Universidade de São Paulo (USP). Por outro lado, não será difícil fazer uma máquina à prova de balas. “Já existem robôs ultra-resistentes, capazes de suportar uma queda de 3 metros de altura”, diz o engenheiro eletricista Carlos Ribeiro, do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA). A face beligerante do exterminador, tornando-o capaz de atacar humanos, não seria problema. Isso já acontece com o uso da tecnologia dos mísseis inteligentes ou das sentinelas eletrônicas, que localizam coisas em movimento e acionam metralhadoras. O grande teste da robótica, porém, acontecerá de maneira pacífica no ano 2050. Nessa data será disputada a Robocup, um torneio de futebol onde máquinas jogarão contra humanos.
Quando isso ocorrer, os andróides já estarão prontos, do ponto de vista tecnológico, para pegar em armas contra nós.