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Como foi o show sangrento dos Rolling Stones em Altamont?

Meio milhão de pessoas estiveram em Altamont para ver o show que terminou em assassinato

Por Victor Bianchin
Atualizado em 22 fev 2024, 10h28 - Publicado em 2 mar 2016, 15h07
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  • Rolling Stones

    ILUSTRA Aluísio Cervelle

    1. SALÁRIO EM GORÓ

    O show em Altamont (EUA), realizado em 6/12/1969, era gratuito e foi organizado pelos próprios Stones. O objetivo era mostrar que as pessoas sabiam se comportar e se ajudar em aglomerações. Entre 300 e 500 mil pessoas apareceram. A segurança foi provida pelos motoqueiros do Hell’s Angels, conhecidos pela violência. O pagamento: US$ 500 em cerveja

    2. DROGADOS E FURIOSOS

    Os Rolling Stones chegaram de helicóptero e logo receberam relatos de que um traficante de São Francisco estava distribuindo LSD aos Angels, o que os havia deixado ansiosos e violentos. Desde o começo houve relatos de que eles brigaram com a plateia e entre si. A banda decidiu que não havia nada que pudessem fazer àquela altura e que o show iria rolar

    3. FOI UM ESTOURO

    O show demorou para começar por causa da bagunça. A apresentação mal iniciou e já houve tensão: uma pequena explosão (cuja origem não foi identificada) aconteceu nas fileiras da frente. Ninguém se machucou, então o concerto prosseguiu. Mas as paradas eram contínuas, em geral porque os Angels batiam em todo mundo que se aproximava deles

    4. MORTE NA PISTA

    Mick Jagger havia cantado apenas o primeiro verso de “Under My Thumb” quando um rapaz negro e de terno verde tentou subir no palco pela segunda vez. De volta à plateia, ele sacou uma arma. “Os Angels caíram sobre ele como moscas sobre um cadáver”, lembrou o jornalista Stanley Booth, que viu a cena. Na ação, um dos Angels, Alan Passaro, enfiou uma faca nas costas do sujeito

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    5. TRAGÉDIA ANUNCIADA

    O nome do rapaz era Meredith Hunter. Não se sabe por que ele sacou a arma, mas testemunhas afirmaram que estava drogado. Após o incidente, ele foi levado à barraca de pronto-socorro. Ronnie Schneider, gerente de turnê dos Stones, procurou um médico, mas foi informado por um policial de que era desnecessário – Hunter já estava morto

    6. LADEIRA ABAIXO

    Os Stones haviam parado durante o episódio, mas depois, sem saber do óbito, seguiram em frente. O show continuou com a tensão inicial. Enquanto a banda se esforçava para fazer uma apresentação digna, os Angels aproveitavam qualquer chance para bater no público, como haviam feito desde o início. Eles haviam agredido até o vocalista de uma das bandas de abertura

    7. CORRE, PESSOAL!

    Após o encerramento, houve uma verdadeira operação de fuga – se o meio milhão de pessoas se exaltasse, músicos e equipe seriam esmagados. Todos correram, em meio à escuridão, rumo a uma colina atrás do palco onde um helicóptero esperava. A banda e alguns colegas sortudos escaparam no veículo que, superlotado, voou para longe ao som dos gritos do público

    8. EPÍLOGO MELANCÓLICO

    Os Stones foram massacrados pela mídia. No ano seguinte, lançaram o documentário Gimme Shelter cobrindo a turnê – e acusado de pegar leve com a banda sobre o ocorrido. Passaro foi julgado por assassinato em 1971 e considerado inocente, pois teria agido em legítima defesa. E o show, como um todo, é tido como o ponto final da contracultura dos anos 1960

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    FONTES Livro The Adventures of The Rolling Stones, de Stanley Booth; documentário Gimme Shelter

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