Esses meganavios funcionam como bases móveis para transportar aviões da força aérea de um país. Considerados peças fundamentais de uma esquadra, eles transportam dezenas de aviões de guerra até a costa de regiões onde haja combates ou seja preciso realizar alguma missão militar. Isso é uma mão na roda para as forças armadas de uma nação pois nem sempre é viável – política ou economicamente – manter bases aéreas em outros países. “Os porta-aviões são peças-chave para o sucesso de operações militares”, diz o comandante americano Mike Morley, porta-voz da frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos. Para ilustrar como essas verdadeiras cidades flutuantes funcionam, escolhemos os porta-aviões americanos da série Nimitz, movidos a energia nuclear.
Como é lento, o porta-aviões sempre navega protegido por outras embarcações com maior poder de fogo, como fragatas e destróieres. Seu sistema defensivo conta basicamente com metralhadoras anti-mísseis e canhões para interceptar torpedos.
DECOLAGEM FORÇADA
O convés tem pouco mais de 330 metros, bem menos que uma pista de aeroporto. Por isso na decolagem é usada uma espécie de “catapulta”. Um carrinho, movido a vapor altamente pressurizado, dispara por um trilho e empurra à frente o avião, que leva só 2 segundos para ir de 0 a 260 km/h
TUDO SOB CONTROLE!
A ilha de comando é o centro das operações da embarcação. Ali ficam os controladores do tráfego aéreo em torno do navio, os estrategistas militares e a cabine de direção. Todos são comandados pelo capitão, a autoridade máxima a bordo
PROFISSÃO PERIGO
A profissão de operador de pista é uma das mais perigosas do mundo. O tempo todo o operador se vê cercado por jatos e helicópteros pousando e decolando. Entre suas funções está prender o avião na catapulta de decolagem e sinalizar para os pilotos que estão pousando
FREIO A LAÇO
Na hora do pouso, os aviões acionam um longo gancho na cauda que precisa apanhar pelo menos um de quatro cabos de aço que atravessam a pista. Esses cabos são presos a um sistema hidráulico de polias capaz de frear totalmente o avião num espaço de 96 metros
ESTACIONAMENTO COBERTO
O hangar, onde ficam estacionadas de 80 a 100 aeronaves, localiza-se abaixo do convés. Ali dentro são realizadas manutenções corretivas e preventivas. Quando um avião precisa sair para uma missão, ele é conduzido até um elevador hidráulico que o ergue até o convés
CIDADE SOB O CONVÉS
Os dormitórios e a área de “lazer” ficam no andar logo abaixo do convés, próximo ao hangar. Para não enlouquecer enquanto está em alto mar, a tripulação que pode chegar a 6 mil pessoas usufrui de 3 mil televisores ligados via satélite e 2 500 telefones
TANQUE CHEIO
Os porta-aviões mais modernos são movidos a energia nuclear, por isso podem passar até 20 anos no mar sem “reabastecer”. Os reatores ficam numa área fortemente blindada. A reação nuclear produz vapor com alta pressão que impulsiona os motores a 64 km/h
Caça projetado para o combate aéreo e para ataques a alvos terrestres
F-14 Tomcat
Caça de dois lugares. Ajuda a defender o porta-aviões, atuando em combates aéreos
E-2CHawkeye
Avião tático, com grande autonomia de vôo, que serve como radar para monitorar inimigos
S-3B Viking
Avião projetado para proteger o porta-aviões abatendo alvos subaquáticos, como submarinos inimigos
EA-6B Prowler
Aeronave de espionagem, tem como missão interceptar as comunicações e confundir radares inimigos
SH-60 Seahawk
Helicóptero que, além de ser usado em missões de busca e resgate, pode atacar submarinos