Como surgiu, nos shows, a prática de acender isqueiros nas músicas lentas?
Tudo indica que essa moda é uma “modernização” do costume de acender velas em shows de rock. Quem lançou a onda foi a cantora Melanie, que tocava folk music, uma espécie de MPB ianque. Numa lendária apresentação no festival de Woodstock, em agosto de 1969, Melanie ficou impressionada com a platéia que enfrentava um pé-dágua […]
Tudo indica que essa moda é uma “modernização” do costume de acender velas em shows de rock. Quem lançou a onda foi a cantora Melanie, que tocava folk music, uma espécie de MPB ianque. Numa lendária apresentação no festival de Woodstock, em agosto de 1969, Melanie ficou impressionada com a platéia que enfrentava um pé-dágua monstro para curtir seu show. Esse episódio inspirou a canção “Lay Down (Candles in the Rain)” – em tradução literal, “Deite-se (Velas na Chuva)”. Nessa baladinha, Melanie canta: “Levantem as velas alto novamente, e se vocês o fizerem poderemos ficar secos apesar da chuva”. Lançada em 1970, a canção foi um tremendo sucesso e incentivou o público a acender velas – primeiro, nos shows da moça; depois, em qualquer música lenta. Depois de uns dedos queimados, o público dos shows de rock percebeu que os isqueiros eram muito mais práticos. Aqui no Brasil, a moda provavelmente aportou em março de 1981 nos shows da banda Queen, no Estádio do Morumbi, em São Paulo. No último concerto, quase 200 mil pessoas ergueram seus isqueiros durante a balada “Love of My Life”. Foi lindo (snif!). Mas esse hábito não precisa esperar pela música lenta. Em 1983, o público iluminou a entrada dos metaleiros do Kiss, também no Morumbi, com uma imensidão de isqueiros reluzentes. Rock and roll all nite!