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Mulheres que mudaram a história: Eva Perón

A esposa do presidente argentino defendeu as causas femininas e as classes menos favorecidas. Ao morrer, aos 33 anos, tinha o status de santa

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 5 mar 2018, 15h11
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  • eva-peron
    (Maurício Planel/Mundo Estranho)

    O que foi: Primeira-dama
    Onde viveu: Argentina
    Quando nasceu e morreu: 1919-1952

    Três milhões de pessoas tomaram as ruas de Buenos Aires. Oito morreram esmagadas, tentando ver o corpo. Mais de 2 mil foram hospitalizadas com ferimentos. Foi preciso importar flores do Chile – as floriculturas da capital argentina foram esvaziadas.

    A reação à morte de Eva Perón, em 1952, foi proporcional à sua importância para os argentinos. Evita (como ela pedia para ser chamada) era apenas a primeira-dama do país. Nunca teve cargos políticos. Mas já havia sido declarada, meses antes de morrer, a líder espiritual da nação. Era a mãe dos pobres. Mais do que isso, a mãe do país.

    PASSADO APAGADO
    Quando conheceu o então ministro Juan Perón, em 1945, Eva estava estabelecida como uma atriz de rádio famosa, com uma rotina financeiramente confortável pela primeira vez na vida. Nascida no vilarejo de Los Toldos, ela era filha da amante do fazendeiro Juan Duarte.

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    Era comum na época que homens ricos mantivessem mais de uma família. Mas, quando a garota tinha apenas 1 ano, Juan renegou a mãe dela, Juana Ibarguren, e suspendeu qualquer ajuda financeira. Juana teve que costurar para fora para sobreviver.

    Quando adulta, Eva fez de tudo para esconder o passado. Chegou a mandar destruir sua certidão de nascimento. Quando, já em 1947, a Time publicou essa história, o governo argentino proibiu a revista de circular no país durante vários meses. Naquele momento, ela já era a primeira-dama. Havia sido amante de Juan Perón a partir da noite em que o conheceu, num baile beneficente. Ele se divorciaria na sequência e os dois se casariam em 1945.

    CONTATO COM O POVO
    Evita morreria semanas depois de o marido ser reeleito presidente. Ela tinha câncer cervical e não ficava em pé sozinha fazia meses. Chegou a ser submetida a uma lobotomia para amenizar as dores e foi a primeira argentina a receber quimioterapia.

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    Seu corpo acabaria passando por uma via sacra tenebrosa: foi roubado em 1955, por militares que depuseram Perón da presidência e temiam que as visitas ao túmulo provocassem rebeliões. Antes de ser enterrado no Cemitério da Recoleta, em Buenos Aires, em 1976, foi escondido na Itália. Encontrado por Perón, depois foi mantido na Espanha, onde ele vivia no exílio.

    Ao se tornar primeira-dama, a garota pobre de Los Toldos representou o marido em uma bem-sucedida viagem pela Europa. Defendeu o voto feminino, que de fato acabaria sendo liberado em 1947. Mas, principalmente, criou a Fundação Eva Perón.

    À frente da instituição, Evita passou muitas horas por dia conversando com os pobres e beijando as mãos de leprosos. Essa atenção é que consolidou o mito.

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    DICA DE FILME
    No musical Evita, de 1996, a cantora Madonna interpreta Eva e Antonio Banderas é Juan Perón

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