O que causa o estrabismo?
Conheça as principais causas deste problema, as classificações dos diferentes tipos e os tratamentos disponíveis
São vários fatores. Um adulto, que nunca foi estrábico, pode desenvolver a enfermidade por doenças metabólicas (diabetes e distúrbios da tireoide), hipertensão arterial, AVC, alta miopia, traumatismo cranioencefálico etc. A boa notícia é que muitos dos casos podem ser revertidos com tratamento.
Já o estrabismo que afeta crianças ainda é um mistério para a medicina. Acredita-se que a deficiência seja causada por um desarranjo no desenvolvimento dos sistemas ocular e cerebral, além de fatores hereditários, tumores, paralisia cerebral e outros distúrbios neurológicos.
O estrabismo ocorre quando os mecanismos corticais cerebrais são afetados por doenças ou traumas. Eles controlam os movimentos dos olhos para mantê-los paralelos – o que é fundamental para que as imagens captadas sejam iguais e sincronizadas.
–Se há uma alteração, os olhos se desviam e se deslocam para direções diferentes. Sem o paralelismo, a pessoa não consegue enxergar a mesma imagem com os dois olhos, tendo uma visão dupla. Todos os objetos parecem chapados e sem profundidade. O desvio pode ser classificado como:
1) VERTICAL Quando um olho fica mais baixo que o outro
2) CONVERGENTE Quando os olhos se alinham bem próximos ao nariz
3) DIVERGENTE Quando os olhos se voltam para os cantos externos
Antes de iniciar o tratamento, é preciso tratar a doença que causou o estrabismo para que o problema não se repita. Cirurgia e óculos são as opções mais utilizadas em adultos. Em crianças, a prioridade é corrigir a visão dos dois olhos antes de melhorar a estética. Mesmo que o paciente se submeta a tratamento e o estrabismo não seja mais aparente, ele sempre terá um pequeno desvio ocular.
OLHARES DIFERENTES
Os tipos de estrabismo e como eles se apresentam
CONCOMITANTE
O ângulo de desvio dos olhos é permanente e constante em todas as direções do olhar.
INTERMITENTE
Quando o desvio dos olhos aparece de vez em quando.
LATENTE
Só aparece com algum tipo de estímulo e é diagnosticado apenas com exames oculares.
CONSULTORIA Mariza Polati, oftalmologista e chefe do Serviço de Estrabismo do HC USP e Mônica Cronemberger, oftalmologista e chefe do setor de Mobilidade Ocular da Unifesp